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Projeto Poronga comemora 10 anos

Transformação. Essa é a melhor definição do projeto que em 2011 completa dez anos iluminando o caminho de milhares de jovens em todo o Acre, através da educação: o Projeto Poronga. A data foi comemorada no dia 22 de janeiro com a certificação de 1200 estudantes no ensino fundamental de 5ª a 8ª série no ginásio do SESI. Professores, alunos, supervisores e parceiros, que ao longo desta década contribuíram para o sucesso do programa, foram homenageados.

O Poronga já mudou a realidade educacional de aproximadamente 19 mil jovens acreanos, muitos deles, referenciais para outros jovens. É o caso de Samuel Lima de Figueiredo, ex-catraieiro, e que após o programa, deu continuidade aos estudos, sendo aprovado em vários concursos públicos, hoje funcionário do Banco do Brasil e acadêmico de Análise de Sistemas.

Em parte, o sucesso do programa se deve muito à atuação constante e efetiva dos professores em sala de aula e seu relacionamento com os alunos. A aluna Tifanny Silva, é um exemplo de que a participação do docente é fundamental para estimular o aluno. Devido a problemas familiares, a estudante se atrasou muito em seus estudos. “Agradeço a minha professora Vorrosa e a todos os outros professores, que quando deveriam ser simplesmente professores nos transmitindo conhecimentos e experiências, foram amigos e nos incentivaram a seguir nossos caminhos”.

Para a coordenadora do programa no Acre, Emilly Areal, em uma década no Estado, o Poronga provou ser um método eficaz. E de desacreditado, passou a ser um grande aliado na inclusão de jovens. “O Projeto Poronga já transpôs os desafios da falta de credibilidade, fortaleceu a autoconfiança dos professores, elevando a autoestima de alunos, supervisores e comunidade. A redução progressiva da taxa de distorção, nos últimos oito anos, indica um aumento de trajetórias escolares bem sucedidas.”

Além da Capital, o Poronga atua em Tarauacá, Feijó, Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia e Sena Madureira. Com 96,9% de aprovação, a turma de concluintes de 2010 obteve o segundo melhor resultado desde 2002, número que contribuiu na elevação da média geral para 94,1%. Estes resultados também se refletem nas avaliações nacionais, uma vez que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica-IDEB é calculado com a base nos dados de aprovação, reprovação e abandono nas redes de ensino de estados e municípios.

Implantado em 2002 através de uma parceria entre o Governo do Estado e a Fundação Roberto Marinho, com o objetivo de corrigir a distorção idade/série, que na época chegava a mais da metade da matrícula da rede estadual (54,12%) no ensino fundamental na zona urbana do Acre, o Poronga conseguiu nestes dez anos, baixar para 24,8%. “Nossa meta é chegar no final de 2014 com apenas 15%”, afirma a coordenadora.

A experiência adquirida no Acre no combate à distorção ao longo destes anos chamou a atenção de vários estados da federação que lidam com o problema. Técnicos visitaram as escolas que possuem telessalas para viverem de perto como é aplicada a metodologia, que faz uso do Telecurso 2000, e após conhecerem, acabaram implantando, a exemplo do Rio de Janeiro e Pernambuco.

Fonte: www.see.ac.gov.br