A repercussão da experiência de Angicos foi enorme, sobretudo pelo caráter inovador do “sistema de alfabetização”, com forte conteúdo político-ideológico, e pela rapidez com que conseguia alfabetizar (40 horas). A cerimônia de encerramento da experiência, em abril de 1963, e a reportagem de Antonio Callado, no Jornal do Brasil, em janeiro de 1964 dão uma idéia desta repercussão. Seu êxito impulsionou experiências semelhantes em vários estados, numa verdadeira escalada, dando origem ao PNA, proposto pelo MEC.
Do material didático do “método de alfabetização”, sistematizado em 1962/1963 por Paulo Freire, foram reproduzidos os esquemas originais elaborados no SEC – Serviço de Extensão Cultural da então Universidade do Recife, para a experiência de Angicos. A série de slides utilizada nesta experiência, embora não esteja completa, é original. Os documentos relativos à experiência (levantamento do universo vocabular, pesquisa sobre o perfil dos alunos etc.) são cópias dos originais do diário de campo elaborado por Carlos Lyra, na sua maioria reproduzidos em seu livro As 40 horas de Angicos.
- Revista sobre os 50 Anos das 40 horas de Angicos
- Diário de Angicos: Carlos Lyra
- A hora e a vez de Angicos: Luís Lobo
- Avaliação: Média dos testes
- Entrevista: Carlos Lyra
- Cerimônia de encerramento: Discurso de Antônio Ferreira
- Experiência de Angicos - SECERN
- Cerimônia de encerramento: Discurso de Aloízio Alves
"Angicos: uma experiência política" - Paolo Vittoria
Entrevista com Marcos José de Castro Guerra, sobre a experiência de 40 horas em Angicos (1962) desenvolvida com sistema de alfabetização de Paulo Freire.
Duração: 44´52´´
Local e Data: Natal/RN, em dezembro de 2005.
As Quarenta Horas de Angicos
O filme trata da prática educativa sistematizada por Paulo Freire em 1963, na cidade de Angicos, Rio Grande do Norte. O sucesso dessa experiência, alfabetizando 300 pessoas em 40 horas, e a vitalidade dos movimentos sociais no período, especialmente estudantil, provocou a escalada do sistema em todo o país.
Em fins de 1963 foi elaborado o Plano Nacional de Alfabetização, visando alfabetizar cinco milhões de jovens e adultos em dois anos. O PNA teve início no Estado do Rio de Janeiro, mas foi interrompido logo após o golpe militar de 1964.
Disponível em duas partes: