3º MOVA-BRASIL - 2003

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Carta do III Encontro Nacional de MOVAs - Goiânia 2003

CARTA DO 3º ENCONTRO NACIONAL DE MOVAs

 

Ao Sr. Excelentíssimo Ministro,

Cristóvam Buarque.
Ao Sr. Excelentíssimo Ministro,
Cristóvam Buarque.
 

Os mais de seiscentos participantes reunidos no 3º Encontro Nacional de MOVAs, em Goiânia, no período de 10 a 12 de agosto do corrente ano, apresentam as deliberações construídas e aprovadas em plenário.

No Brasil existem mais de 16 milhões de pessoas jovens e adultas analfabetas absolutas e cerca de 65 milhões com escolaridade inferior ao Ensino Fundamental completo, excluídas, portanto, de um direito básico que lhes garante a Constituição nacional.

Inspirados pelo legado de Paulo Freire, diversos grupos e organizações vêm atuando há longa data no campo da alfabetização e da educação básica de jovens e adultos, articulando-se nacionalmente, discutindo e propondo políticas públicas para essa modalidade.

Nesse contexto nacional, uma das grandes ações implementadas foi a parceria entre os Movimentos Sociais e as Administrações Populares municipais e estaduais na construção dos Movimentos de Alfabetização de Jovens e Adultos – MOVAs. Os MOVAs vêm rompendo com as práticas das antigas campanhas com vieses assistencialistas, descomprometidas com a continuidade da escolarização e com a transformação da sociedade brasileira.

Os MOVAs vêm promovendo uma ação alfabetizadora popular que extrapola a visão da alfabetização apenas como decodificação da escrita, pautando-a nos princípios da formação cidadã, envolvendo toda a sociedade civil em parcerias com os poderes públicos para a garantia da alfabetização enquanto ação política e cultural.

Com vistas ao resgate da historicidade dos MOVAs, relembramos que o MOVA-SP, criado em 1989, é o marco inicial de todos os Movimentos de Alfabetização de Jovens e Adultos implementados em Administrações Populares. Como exemplo, citamos Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha e Caxias do Sul (RS); São Paulo, Diadema, Embú, Mauá, Guarulhos, São Carlos, Araraquara, Ribeirão Pires e Santo André (SP); Angra dos Reis (RJ), Belém e Cametá (Pará); Chapecó, Rio do Sul e Blumenau (SC); Ipatinga (MG). Podemos citar também outros projetos e movimentos de alfabetização alicerçados nos mesmos princípios da educação popular, tais como GTPA/DF, AJA-Expansão de Goiânia (GO) e Ler-Rio Claro. Ainda, em âmbito estadual, mencionamos os estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Acre.

De forma dispersa participávamos dos encontros de EJA, de seminários de estudo, em atividades organizadas nos governos locais. Participamos de redes como a RAAAB – Rede de Apoio à Ação Alfabetizadora do Brasil e compomos as reuniões dos Fóruns Estaduais de EJA. Entretanto, isso não era o suficiente.

No 1º Fórum Social Mundial, o MOVA-RS convocou uma reunião com os MOVAs que estavam presentes, com as ONGs paulistas, Ação Educativa e Instituto Paulo Freire. Dessa reunião nasceu a organização do 1º Encontro Nacional de MOVAs, que foi marcado para outubro de 2001. Casualmente, o Encontro coincidiu com o Fórum Mundial de Educação em Porto Alegre, do qual participamos como atividade simultânea.

Na ocasião reuniram-se centenas de participantes de MOVAs de dezenas de Administrações Populares. Como foi a primeira vez que nos encontrávamos em espaço exclusivo, a pauta foi preparada para que fosse feita uma revisão dos conceitos e dos princípios que norteavam essas experiências: 1) conceito de alfabetização; 2) conceito e relações de parceria com a sociedade civil; 3) estrutura do MOVA; 4) formação político-pedagógica; 5) avaliação.

O 1º Encontro Nacional de MOVAs encerrou chamando a organização do 2º Encontro para o MOVA-ABC, em especial para Santo André e Diadema, para julho de 2002, com pauta dirigida ao aprofundamento do conceito de parceria, das questões de gênero, etnia e de portadores de deficiências. Da mesma forma, centenas de pessoas dos MOVAs fizeram-se presentes e, ao final, ficou indicado o 3º Encontro Nacional de MOVAs para Goiânia, em meados de agosto deste ano, tendo como tema central o MOVA como Política Pública.

No 3º Encontro Nacional, uma das principais deliberações tomadas foi a constituição da REDE NACIONAL DE MOVAs, denominada de MOVA-BRASIL. Seu objetivo é favorecer a construção de espaços para a reflexão da práxis e troca de experiências, articular e estimular a expansão das ações de alfabetização de jovens e adultos já existentes no país e promover novas iniciativas de alfabetização orientadas por uma perspectiva de democratização da cultura e da participação popular.

O MOVA-BRASIL reafirma que cabe ao Ministério da Educação coordenar a política de Educação de Jovens e Adultos, através de parceria entre as três esferas de poder, bem como com a sociedade civil, para garantir o direito à Educação Básica em qualquer idade, respeitando a autonomia que o pacto federativo concede às instâncias municipal e estadual de governo.

O MOVA-BRASIL considera as aprendizagens realizadas ao longo da história da educação brasileira e internacional e valoriza os agentes e as iniciativas de alfabetização de jovens e adultos em curso.

No MOVA-BRASIL a alfabetização é concebida como apreensão de conhecimentos básicos de leitura e de escrita da palavra e do mundo, parte de um direito mais amplo que não se restringe à alfabetização, mas que deve atingir o ensino fundamental como requisito básico para a educação continuada durante a vida e para a formação de cidadãos leitores e escritores críticos e éticos, capazes de expressar suas culturas e experiências e de intervir na realidade social, conforme indica a Declaração de Hamburgo (V CONFINTEA, Alemanha,1997).

É importante reafirmar a concepção consagrada na V CONFINTEA, que fortalece a capacidade de lidar com as transformações que ocorrem na economia, no trabalho, na cultura e nas relações sociais, considerando as diferenças geracionais, de gênero, etnia, entre campo e cidade, de portadores de necessidades especiais e de outros grupos.

A história nacional e internacional da Educação desconhece experiências em que os conhecimentos básicos da leitura e da escrita tenham sido alcançados por grandes contingentes populacionais em processos de alfabetização com duração inferior a oito ou dez meses. É essa a concepção assumida pelo MOVA-BRASIL, que não tem qualquer semelhança com campanhas e ações assistencialistas, descomprometidas com a continuidade da escolarização e com a transformação da sociedade brasileira. Tentamos, assim, ultrapassar a visão equivocada de que a universalização da alfabetização de jovens e adultos possa ser alcançada por meio de métodos milagreiros e realizados em curtíssimo prazo.

O MOVA-BRASIL, por sua vez, leva em consideração duas dimensões: a de temporalidade e a de terminalidade. Isso significa dizer que não é possível estabelecer um tempo mínimo como regra geral, uma vez que se respeita a diversidade dos contextos culturais e os tempos de aprendizagem dos educandos(as). Face a isso, a terminalidade está adequada ao que cada indivíduo precisa para alfabetizar-se, portanto o MOVA-BRASIL garante a todos o processo educativo em espaços de tempo diferenciados e de acordo com as especificidades dos sujeitos.

O MOVA-BRASIL, com isso, considera os compromissos relativos à alfabetização e à educação de pessoas jovens e adultas firmados nas conferências internacionais de Jomtien (1990), Hamburgo (1997) e Dakar (2000), orientando-se pelas diretrizes do parecer 11/2000 e pelas lutas populares em defesa da educação pública para todos.

O MOVA-BRASIL articula-se às demais políticas educacionais, sociais e culturais, tais como saúde, renda mínima, reforma agrária, segurança alimentar, geração de trabalho e renda, descentralização da cultura etc.

O MOVA-BRASIL orienta-se pelas metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê alfabetizar 2/3 do contingente de analfabetos absolutos nos cinco primeiros anos de vigência da Lei 10172/2001, o que significa oferecer oportunidades de alfabetização a mais de 10 milhões de pessoas com idade superior a 15 anos no decorrer dos próximos quatro anos. A consecução das metas do PNE exige mudanças legais nos mecanismos de financiamento da Educação Básica, incluindo a Educação de Jovens e Adultos, através da constituição do FUNDEB.

Considerando a especificidade da Educação de Jovens e Adultos, o MOVA-BRASIL empreende esforços sistemáticos para a formação inicial e continuada dos alfabetizadores e para a elevação da escolaridade e a profissionalização de todos os educadores nele envolvidos. Deve mobilizar os recursos humanos mais qualificados disponíveis em cada localidade, combinando o critério de escolaridade mínima (Ensino Fundamental completo) com a inserção atuante nas comunidades.

Em virtude do acima exposto, os participantes do 3º Encontro Nacional de MOVAs entendeu encaminhar ao Ministério de Educação as seguintes demandas:

 

·              Reconhecer e legitimar, na elaboração e na implementação de políticas públicas de Educação de Jovens e Adultos, as ações do MOVA-BRASIL.

·              Realizar, o mais breve possível, uma reunião entre a Secretaria Nacional de Erradicação do Analfabetismo e a Coordenação Nacional do MOVA-BRASIL.

·              Garantir representante da Coordenação do MOVA-BRASIL na Comissão Nacional de Alfabetização do Ministério de Educação.

·              Apoiar, política e financeiramente, a realização do 4º Encontro Nacional do MOVA-BRASIL, a ser realizado em Campo Grande-MS, no período de 10 a 12 de junho de 2004.

·              Retomar a Comissão Nacional de Educação de Jovens e Adultos, garantindo 5 (cinco) representantes da coordenação nacional do MOVA-BRASIL.

 

Goiânia, 12 de agosto de 2003
Participantes do 3º Encontro Nacional de MOVAs
Maria Emilia de Castro Rodrigues
Pela Coordenação do 3º Encontro nacional de MOVAs

 

Instituições participantes

QUADRO DAS INSTITUIÇÕES QUE PARTICIPARAM DO 3º ENCONTRO NACIONAL DE MOVA’S

 

 

INSTITUIÇÃO
FONE/FAX
E-MAIL
NOME
SME- SP/São Miguel
6137-7001R 234/226
fileos@ig.com.br
Ana Lúcia

Centro de Ed.da Zona Leste

6943-3156
 
Aragão
SME-Araraquara-SP
201-5256/3333-6810
ritaped@bol.com.br
Rita/Arlete
PROEAJA-Araraquara-SP
232-7930
proeaja@uol.com.br
Irmã Edith/Francoisco
SME/SP-São Mateus
6642-5669/9174-5389
claudetevieira@uol.com.br
Claudete
SME/SP-São Mateus
6115-8700 R 239
nae-13.adm@prefeitura.org
Domingos
SMECEL/AEJA-Ipatinga-MG
(031)9609-7558
www.mg.ipatinga.gov.br
Lauriene

Secretaria Municipal de Educação-Ipatinga

(031)9126-7298
www.mg.ipatinga.mg.gov.br
Eliane Regina
Mova Santo Andre
(011)4438-2423
mova.sa@santoandresp.gov.br
Nivia

Mova Ms Alfabetizado

(067)318-2257
movams@yahoo.com.br
Paulo Angelo
GTPA -DF
9644-3197
 
Verenisa
SME-SP/Penha
6198-3322
monicaoliveira@prefeitura.sp.gov.br
Monica
SME-SP/Penha
6198-3322R 124
risouza@prefeitura.sp.gov.br
Ricardina
SME-Goiânia
256-4430
 
Ana Queiroz Silva

UNB-Decanato de Extensão

(061)273-1094/307-2613
/3617-0171

celia@unb

Antonia Celia Barros

UNB-Serpajus
(061)385-6777
rozarioribeiro@hotmail.com

Mºdo Rosario do N.R. Alves

Secel-Diadema
(011)4072-7006/7014
sejamova@ig.com.br
Isabel C. Silva(coord)

Sec. Educ. Rib. Preto

(016)3977-9127
mova.secedu@ribeiraopreto.sp.gov.br
Angelo Gomes
Ação Educativa

(011)3151-2333 R 162

aline@acaoeducativa.org
Aline Absonigio

Esc.Mun.Prof.Irone Jose de Assis

(064)659-1254
 
Luiza Rosa(coord)

 

QUADRO DAS INSTITUIÇÕES QUE PARTICIPARAM DO 3º ENCONTRO NACIONAL DE MOVA’S

 

INSTITUIÇÃO
FONE/FAX
E-MAIL
NOME
SME-Itapuranga
312-2796Fax355-1188
(coord)

Sandra C. M. Fernandes

UNB-FE
(061)274-4438resid
mlangelim@fe.unb.br

MºLuiza Ferreira Angelim

MOVA-SEMEC-Belém-Pa
(091)276-2120/9991-3836
alpbrasileiro@ual.com.br
Adelaide Brasileiro
EJA_SEMEC-Belém-Pa
(091)231-8427
marisocteixeira@bol.com.br
Socorro Teixeira

Univ. Fed. Uberlândia

(034)3246-6602
 

Maria Teresa Barbosa

PM Maua/ Mova
(011)4555-7666
dan144@bol.com.br
Sandra da Rocha
GTPA-DF
(061)361-9941
deuzaninoleto@ig.com.br
Deuzani Noleto
GTPA-DF
(061)369-2544
cedep@pop.com.br
Eva Lopes Sampaio
GTPA-DF
(061)585-3303
 
Danubia C. Lemes
EJA-SME-Indiara
(064)547-1232/547-1232
 

Hildete de Oliveira e Silva

SMECE-Maua
(011)4555-8206

MºElizabeth R.Santos

Sec.Mun.Ed. de Maua
(011)4555-7666
Mºde Fatima Silva
Sec.Mun.Ed. de Maua
(011)4555-7666
Luzia F.S.Silva
Sec.Mun.Ed. de Maua
(011)4555-7666

Eliana Cardoso Sabral

MOVA-SP
9437-8551
 
Sebastião Rosa
MOVA-SP
(011)6992-8401
 
Aparecida M.Vieira
MOVA-SP
(014)583126 R 21
mariza.fonseca@bol.com.br
Mariza Aparecida
EJA-Cameta-Pa
3781-1893/3781-2348
 
Rosivan Pinto Cruz

Soc Emancipação de Deficientes no Embu

4782-3549/4137-8424
 

Alexandrina de Fatima Pereira Novaes

Mova Embu
4785-3549/4704-2688
 

Margarida da Costa Partelo

Sec Mun. de BH
(031)3277-8644
cape01@pbh.gov.br

Juliana Vieira da Silva

Sec Mun. de BH
(031)3441-9668
angelan@pbh.gov.br

Maria Angela Antonio

Mova-Guarulhos-SME
(011)6401-1267/9153-3102
keli.creche@ig.com.br

Akerli Aparecida de Carvalho

INSTITUIÇÃO
FONE/FAX
E-MAIL
NOME
Mova-Guarulhos-SME
(011)6466-3032/6475-7328
 

Divaneide Alves da Silva

Mova-Guarulhos-SME
(011)9770-9297
cepcnsa@ibest.com.br

Patricia Claudia da Costa

SME de Goiânia
(062)524-8923
eaja-goiania@pop.com.br

Marisa Claudino da Costa Barbosa

IPF- São Paulo
(011)3021-5536
malice@institutopaulofreire.org.br

Maria Alice de Paula Santos

Sec.Mun.de Educ.Minaçu

(062)379-3842
 

Nora Lucia da Silva Rodrigues

 

Equipe Organizadora

EQUIPE ORGANIZADORA DO 3º ENCONTRO NACIONAL DOS MOVA’s

 
COORDENAÇÃO GERAL
Equipe:
  • Alda Maria Borges Cunha (UCG);
  • Maria Emilia de Castro Rodrigues (UFG).
  • Marisa Claudino da Costa (SME);
 

COMISSÃO TÉCNICO-PEDAGÓGICA

Equipe:
  • Alda Maria Borges Cunha (UCG) (coordenação)
  • Maria Emilia de Castro Rodrigues (UFG) (coordenação);
  • Walner Mamede Junior SME
Equipe de relatoria:
  • Maria Emilia de Castro Rodrigues (UFG) (coordenação);
  • Andréa Alves Ulhôa Santos (UCG) (coordenação);
  • Maria Margarida Machado (UFG) (coordenação);
  • Janaína Cristina de Jesus (SME)
 

COMISSÃO DE APOIO LOGÍSTICO/CERIMONIAL

Equipe:
  • Carmem Lúcia A . S. Almeida SME (coordenação)
  • Luciana Brito de Oliveira - AJA-Expansão/SME
  • Mirian Lourdes Machado - SME

COMISSÃO DE ATIVIDADES CULTURAIS

Equipe:
  • Adelaídes de Gusmão Viana - SME(coordenação)
  • Maria Moreira Leitão - URE/SME
  • Cláudio Pires Viana - URE/SME
 
COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO
Equipe:
  • Izabel Maria Damasco Bueno - SME (coordenação);
  • Rodrigo Melo e Cunha Santos – URE/SME(coordenação)
  • Ivone Teixeira da Cunha - URE/SME
  • Marcos Antunes Morais - URE/SME
 
COMISSÃO FINANCEIRA
Equipe:
  • Maria Margarida Machado – UFG( coordenação) ,
  • Cecília Torres Borges – SME( coordenação);
  • João Batista - SME
 
SECRETARIA GERAL
Equipe:
  • Márcia Pereira Melo – SME (coordenação)
  • Maria Jacqueline Dias Alves – SME (coordenação)
  • Eliane Brito Ferreira – AJA-Expansão/SME
  • Vanessa de Araújo Silva – SME
  • Kamila Soares garcia - Estagiária/SME
  • Fabíola Barreira Reis - Estagiária/SME
 
Equipe de Apoio
  • Alzira Sara de Assis Ribeiro dos Santos
  • Ana Luíza de Freitas
  • Ana Rogéria de Aguiar
  • Bratislene Assunção de Morais
  • Claudimar Rodrigues Vieira
  • Dússila Márcia Cruz
  • Elza Aparecida da Silva
  • Helena de Morais Freitas
  • Ítala Maria Alcântara
  • Janaína Cristina de Jesus
  • Jefferson de Oliveira
  • Maria Auxiliadora D. Da S. Ribeiro
  • Marilurdes Santos de Oliveira
  • Maurício Marques
  • Michelly Valéria de Souza
  • Nair Bampi
  • Ozana Silva Donha
  • Rachel da Paixão
  • Rita de Cássia Simões
  • Romilson Martins Siqueira
  • Rosalma Regina Pereira de Carvalho
  • Sandra Taveira de Melo Souza
  • Simone Soraia Silva
  • Valéria Dias Ferreira
  • Welson José Tanja

 

Relatório do Encontro

III ENCONTRO NACIONAL DOS MOVA’s 

RELATÓRIO

Tema: O movimento de alfabetização de jovens e adultos (MOVA) como Política Pública

Período de realização: 10 a 12/08/03

Local: Instituto Dom Fernando – Goiânia/ Goiás

Entidades promotoras:

Coordenação Nacional dos MOVA’s

Secretaria Municipal de Educação de Goiânia - SME

Universidade Federal de Goiás - UFG
Universidade Católica de Goiás - UCG

Apoio:

Castro’s Hotel
RAAAB
Caixa Econômica Federal
Banco do Brasil
Banco HSBC

Jornal Tribuna do Planalto

Livraria Alternativa
Centro Gráfico da UFG
Centro Gráfico da UCG
Grupo Mabel
Empresa Mico’s
Petróleo Tabocão
Empresa Cristal Alimentos
Natu Pharmus
Café Sabiá

Deputado Estadual Fábio Tockarsky

Deputada Federal Neyde Aparecida da Silva Barreto

Breve histórico dos encontros nacionais de MOVA’s:

O Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), teve suas raízes nos movimentos populares, grupos e organizações que inspirados no legado de Paulo Freire vêm atuando há longa data no campo da alfabetização e da educação básica de jovens e adultos, articulando-se nacionalmente, discutindo e propondo políticas públicas para essa modalidade.

Durante a gestão de Paulo Freire à frente da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, em 1989, estabeleceu-se a parceria com esses movimentos, denominados a partir de então de MOVA’s. Depois dessa experiência, que se configurou num modelo de política pública de educação popular, muitos MOVA’s foram criados no país.

Os MOVA’s participavam dos encontros de EJA, de seminários e atividades locais ou regionais, bem como de redes como a Rede de Apoio à Ação Alfabetizadora do Brasil(RAAAB) e dos Fóruns Estaduais de EJA. Entretanto necessitavam de um espaço próprio para discutir sua especificidade, trocar experiências, discutir políticas públicas para essa modalidade.

Assim, durante o Fórum Social Mundial, em reunião na qual estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado da Educação do Rio Grande do Sul, de diversas Organizações não Governamentais de São Paulo, da Ação Educativa e do Instituto Paulo Freire, decidiu-se organizar o 1º Encontro Nacional de MOVA’s, que foi realizado de 26 a 28 de outubro de 2001 em Porto Alegre e teve como tema Mova Brasil – Herdeiro da Educação Popular.

Para esse 1º Encontro estabeleceu-se como objetivos a retomada dos compromissos internacionais e nacionais com a Educação/Alfabetização de Jovens e Adultos, avaliando os seus impactos nas políticas públicas de EJA das Administrações Populares; o resgate da história da Educação Popular latino-americana, situando o MOVA como um herdeiro comprometido com a continuidade das idéias freireanas; o intercâmbio de experiências entre os Movimentos de Alfabetização, sistematizando e contribuindo com a construção de novos MOVAs, a construção das bases políticas e epistemológicas para o MOVA-Brasil.

A cidade de Santo André e Diadema, no ABC Paulista, sediou o 2º Encontro Nacional, realizado no período de 05 a 07 de julho de 2002, com a temática Reafirmando a Educação Libertadora: Concepção de Alfabetização e Cultura, tendo como pauta o aprofundamento do conceito de parceria, das questões de gênero, etnia e de portadores de deficiências.

O 3º Encontro Nacional de MOVA’s :

O 3º Encontro Nacional de MOVA’s, foi realizado nos dias 10, 11 e 12 de agosto de 2003, em Goiânia-GO, reunindo mais de 600 educadores populares de 40 municípios, representantes de dez estados brasileiros e o Distrito Federal, tendo como objetivo discutir "O Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA) como Política Pública". Foram estabelecidos como objetivos específicos debater o papel do Estado, da Sociedade Civil e dos sujeitos participantes do MOVA; promover troca de experiências em Educação Popular, fortalecendo as práticas pedagógicas nele empreendidas; refletir o papel dos MOVA’s na formação político-pedagógica dos educadores populares; reafirmar os MOVA’s como fortalecimento e defesa da Educação Popular e fortalecer os MOVA’s como política publica com característica de Educação Popular.

Na abertura do 3º Encontro Nacional de MOVAs ocorreu o lançamento da extensão do Programa AJA-Expansão da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia(SME), um programa de Educação Popular, desenvolvido pela SME desde 2001, em parceria com várias instituições (Universidade Federal de Goiás e Universidade Católica de Goiás) e entidades da sociedade civil, que agora amplia sua inserção social alinhado aos objetivos de Governo Federal de minimizar o índice de não alfabetizados no país e garantir a educação como direito de cidadania.

Explicitaremos, a seguir, as atividades que foram desenvolvidas no encontro:

Dia 10 de agosto de 2003 – Domingo

  • Das 13h às 18h
  • – credenciamento e recebimento do material a ser utilizado durante o encontro.
  • Das 19h às 20h 45 min.
  • – atividade cultural : Grupo de Teatro Guará - vinculado à Universidade Católica de Goiás - apresentando a peça "TORTURAS DE UM CORAÇÃO" ou "Em boca fechada não entra mosquito."
  • Das 21 às 22h 30min.
  • – Abertura oficial do evento – "Ato de representação Política em relação à alfabetização"
COMPOSIÇÃO DA MESA:
 
  • Prof. Pedro Wilson Guimarães, Prefeito de Goiânia;
  • Srª. Walderês Nunes Loureiro, Secretária Municipal de Educação de Goiânia;
  • Srª Jeanete Beauchamp, representando o Sr. João Luiz Homem de Carvalho – Secretário da Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo;
  • Profª Liana Borges, representando a Srª. Maria Alice – Coordenadora do MOVA Nacional;
  • Profª Milca Severino Pereira – Reitora da Universidade Federal de Goiás;
  • Profª Sandra de Faria – Vice-reitora para Assuntos Comunitários e Estudantis da Universidade Católica de Goiás, representando o Magnífico Reitor da Universidade Católica de Goiás, Wolmir T. Amado,.
  • Sr. Ary Joel, Superintendente do Banco do Brasil;
  • Deputado Estadual Fábio Tockarsky, Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás;
  • Prof. Pedro Pontual, representante da do Conselho de Educação Adultos da América Latina(CEAAL) e membro da ONG "Ação Educativa".

Após a composição da mesa foram tocados e cantados o Hino do MOVA(anexo 1) e o Hino Nacional. Em seguida abriu-se a palavra às autoridades e demais presentes na mesa.

Das manifestações feitas pelos componentes da mesa podem ser destacados como aspectos relevantes:

A Profª Walderês lembrou em seu discurso a origem da Educação Popular no Brasil e a participação de Goiânia nessa história, destacando, na década de 60, o Movimento de Educação de Base (MEB). As escolas radiofônicas e a animação popular tiveram grande influência no meio rural em Goiás, atuando na formação das lideranças e no movimento de sindicalização dos trabalhadores rurais. Informou que desde 1993, quando foi implantado o Projeto AJA na Secretaria Municipal de Educação, vem sendo ampliada a escolarização dos adolescentes, jovens e adultos, mas que hoje, apesar do projeto atender a 21 mil alunos, há ainda o desafio de assegurar a 42 mil goianienses acima de 15 anos o domínio da leitura e da escrita, conforme aponta o Censo 2000 do IBGE. Frente a essa realidade, segundo a secretária, a SME vem desde 2001, unificando esforços no sentido de estabelecer parcerias com empresas, sindicatos, igrejas, associações de bairros e outras instituições, somando um total de 87 parceiros, para juntos implementar e ampliar o Projeto AJA-Expansão, que corresponde ao MOVA-Goiânia, com uma estrutura educacional capaz de incentivar e promover a alfabetização como direito de cidadania. Ao manifestar satisfação pelo estabelecimento da parceria com o Governo Federal, integrando o Projeto AJA ao Programa Brasil Alfabetizado, a secretária lançou oficialmente uma nova fase de expansão do Programa AJA-Expansão, anunciando que até o final desse ano serão alfabetizados mais 2.000 pessoas e, em 2004 e 2005, mais 15.000 a cada ano.

A Profª Liana Borges expressou, na abertura do evento, sentimento de tristeza pela extinção do MOVA-Rio Grande do Sul, falando da necessidade de aprofundar o debate sobre o papel do Estado na constituição dos MOVA’s. Apresentou dois desafios para o encontro: consolidar e fortalecer o MOVA-BRASIL para produzir políticas públicas, contribuindo, dialogando, problematizando, sobre a questão da alfabetização de jovens e adultos e definir o local para a realização do 4º Encontro Nacional.

A Srª Jeanete Beauchamp, agradeceu, em nome do MEC e da Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo, o convite para participar do 3º Encontro Nacional de MOVA’s, ressaltando a importância do movimento. Disse que tem acompanhado de perto os encontros do MOVA, desde quando era secretária de educação e contribuiu com este grande movimento fundamentado em Paulo Freire. A partir da experiência em São Paulo, o MOVA desencadeou em diversos municípios com administrações democrático-populares, um processo de alfabetização para assegurar a jovens e adultos o direito à educação.

Segundo ela, "o MOVA vem rompendo com as práticas educativas das campanhas que ocorreram no Brasil e não superaram o analfabetismo, pelo contrário produziram os analfabetos funcionais.

Desde o início de seu governo, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu como prioridade a abolição do analfabetismo no Brasil. Esta determinação expressa uma visão inédita na coordenação da política educacional em nosso país, fundamentada no respeito incondicional aos direitos constitucionais e nos princípios de igualdade e solidariedade.

O combate ao analfabetismo deixa, assim, de ser uma ação rotineira do poder público para assumir a forma de política prioritária de governo, com objetivos e metas definidas.

Por reconhecer que o acesso à Educação Básica é um direito de todos e que o primeiro passo para realização deste direito é a alfabetização, o governo criou em janeiro de 2003, como parte da estrutura do MEC, a Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo (SEEA) que é responsável pela elaboração e execução das políticas públicas voltadas para a superação do analfabetismo no Brasil.

Com essa perspectiva, criamos o Programa Brasil Alfabetizado que tem como marca promover uma grande mobilização unindo governo e sociedade para incluir 20 milhões de jovens e adultos no direito à educação.

A SEEA, com este objetivo, realizou encontros, debates, consultas, conversações, participou de Fóruns de EJA: em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba. Dialogamos com governos estaduais e municipais, movimentos religiosos e populares, universidades, ONG’s, empresas privadas e organismos internacionais, sensibilizando toda a sociedade para seu envolvimento com o Programa.

Hoje já colhemos resultados: muitos destes governos e instituições encaminharam projetos para o estabelecimento de parcerias e já temos convênios assinados para o atendimento de 1 milhão de jovens e adultos (na ação de alfabetização) e de 55.905 alfabetizadores (na ação de capacitação). O Programa tem hoje uma abrangência de 30% dos municípios do país, 606 são coincidentes com o Programa Fome Zero.

Para dar conta das diversidades culturais do país o MEC foi receptivo às várias metodologias utilizadas no processo de alfabetização sem, no entanto, abrir mão de seu objetivo maior que é a efetiva alfabetização de jovens e adultos, com a incorporação de hábitos de leitura e escrita no cotidiano dos alunos e a conseqüente continuidade dos estudos.

Para manutenção do processo inicial de alfabetização foi criado o Projeto Leituração com ações definidas para estimular o hábito de leitura entre os recém alfabetizados.

Estamos também criando a Comissão Nacional de Alfabetização – instância consultivo, integrada por representantes de diversos setores da sociedade da área de educação.

E, assim, estamos implementando na SEEA uma política democrática de participação dos segmentos organizados da sociedade para juntos construirmos um grande esforço nacional para superar o analfabetismo de jovens e adultos no Brasil.

O MEC quer mais do que isto. Quer garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem para todos na Educação Básica. Quer "fechar a torneira" que produz os futuros analfabetos ao não alfabetizar as crianças nas primeiras séries do ensino fundamental (palavras do ministro).

Para concluir, sabemos que temos um grande desafio pela frente que é o de acompanhar e avaliar em todo território nacional o desenvolvimento do programa Brasil Alfabetizado para, efetivamente, inserir, no mundo da escrita, jovens e adultos que foram excluídos do sistema educacional.

Para tanto, temos claro que o processo inicial de alfabetização deve ser garantido com a continuidade dos estudos. E temos dado orientações às nossas parcerias, expondo nossa concepção de que leitura e escrita não se reduzem à codificação e decodificação de palavras e frases, para além disso, significam a possibilidade de o sujeito fazer uso efetivo da linguagem verbal, em diferentes situações, para se inserir no mundo, e sobretudo, para transformá-lo."

As Professoras Sandra de Faria e Milca Severino, reafirmaram o compromisso institucional da universidade em relação a alfabetização no Brasil, destacando ações realizadas em parceria com o poder público no que tange ao processo de alfabetização de jovens e adultos. Foram mencionados alguns desafios presentes na sociedade contemporânea, tais como: necessidade de construção de uma sociedade mais justa, democrática, solidária. A Profª Milca lembrou que é necessária muita força para que haja êxito na luta pelas nossas convicções da construção integral do ser humano como sujeito.

O Senhor Ary Joel informou sobre o trabalho desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil na área da alfabetização, o que expressa a preocupação dessa instituição com a educação de jovens e adultos.

O Deputado Estadual Fábio Tockarsky salientou a necessidade de se investir na educação e, mais especificamente, na alfabetização de jovens e adultos de modo a superar o analfabetismo ainda presente no país. Enfatizou a meta do programa Brasil Alfabetizado que não pode perder de vista a necessidade de "ler o Brasil, escrever o mundo e fazer nossa história acontecer"; além disso definiu a desigualdade de oportunidades existente no Brasil como absurda e excludente.

O Prefeito Pedro Wilson resgatou a história dos movimentos populares em Goiás e Goiânia, ressaltando o papel dos movimentos populares na construção da educação goianiense. Fez alusões ao Centro Pastoral Dom Fernando, ressaltando a figura do próprio Dom Fernando que, a seu tempo, idealizava os movimentos de educação de base e visava a educação libertadora. Definiu o Brasil como um país que, felizmente, "teima em fazer as coisas acontecerem". Lembrou que o MOVA tem na Prefeitura uma parceira, na busca da construção de sujeitos, atores da história que vivemos e da chance de transformar a escola num ambiente alegre e libertador.

Dia 11de agosto de 2003 – Segunda-feira

  • Das 8h às 8h 50min
  • – Atividade Cultural: Coral da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia. Estava previsto a apresentação do GRUPO GWAYA, mas não compareceram.
  • Das 9h às 12h 30min.
  • – Mesa: "O PAPEL DO PODER PÚBLICO E DA SOCIEDADE CIVIL" – Conferencistas: Prof. Pedro Pontual(SP)e Profª Liana Borges(RS).

Pedro Pontual, após agradecer o convite falou-nos da "satisfação de poder depois de haver sonhado e implementado junto com Paulo Freire e tantos outros educadores(as) e lideranças de movimentos sociais o MOVA-SP, ter o privilégio de ver aquela experiência mais do que multiplicada sendo recriada em tantos municípios, em diversas regiões e Estados do Brasil e agora desafiada a expressar este acúmulo na realização de um grande mutirão nacional pela alfabetização de jovens e adultos que por fim torna-se uma prioridade nacional a partir dos compromissos estabelecidos pelo governo do Presidente LULA. Lembrou que o esforço de todos, ao longo destes anos, em construir e manter este espaço de intercâmbio e articulação dos MOVAs com certeza contribui para o maior enraizamento da sua prática, para o aprimoramento de suas formulações e realizações e certamente para a legitimidade dos seus acúmulos neste momento em que se concretiza a possibilidade de tomar a questão do desafio da alfabetização como prioridade na construção de um novo modelo de desenvolvimento inclusivo e sustentado.

É de fundamental importância que este seminário se inicie a partir da reflexão sobre o papel do Estado e da sociedade civil pois a prática de parceria entre Estado e sociedade civil numa perspectiva substantivamente democrática requer a união de ambas vontades políticas e ao mesmo tempo um profundo respeito pela autonomia dos atores e uma clara definição de responsabilidades."

Em seguida destacou alguns elementos acerca do papel da sociedade civil e dos sujeitos partícipes do MOVA. Sendo que "um dos primeiros aspectos a resgatar e sublinhar é a dimensão de movimento presente na proposta do MOVA e que tem nos atores da sociedade civil os principais responsáveis pela sua vitalização. É preciso recuperar a idéia de que o MOVA é um movimento social que em parceria com o Estado toma a questão da alfabetização e da pós-alfabetização como uma tarefa inicial na luta pelo direito a educação ao longo de toda a vida dos jovens e adultos. Esta dimensão coloca o desafio para os atores da sociedade civil que ingressam no MOVA de a partir prática da sala de aula e para além da mesma organizarem-se como movimento social que luta pelo direito à educação que sabemos indissociável do conjunto dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Esta compreensão do papel do MOVA vincula-o ao campo das práticas de construção de uma cidadania ativa e, ao mesmo tempo coloca o referencial da Educação Popular como aquele mais coerente para a consecução de seus objetivos. Como nos disse Paulo Freire (1992) no artigo sob o título "Educação de Adultos Hoje: algumas reflexões" publicado na coletânea "Política e Educação" da Cortez Editores "a educação de adultos é melhor percebida quando a situamos hoje como educação popular"."

Pedro Pontual lembrou-nos que:

  • "Organizar-se como movimento requer entre outras ações a criação de fóruns próprios dos atores da sociedade civil aonde se podem consolidar capacidades e proposições que possibilitem uma autonomia efetiva destes atores na construção de uma relação de parceria com o Estado. A prática tem demonstrado que quando isto não acontece prevalece uma relação de dependência e dificilmente se asseguram condições de continuidade do programa diante da alternância de governos e das mudanças de orientação que estas provocam nas prioridades de ação do Estado.
  • Como movimento que luta por direitos o desafio seguinte à sua organização autônoma é a participação ativa nos espaços de co-gestão das políticas educativas (dos conselhos de escola aos conselhos municipais de educação) e das políticas públicas de modo mais geral como por exemplo dos conselhos e fóruns de juventude, de cultura, das comissões municipais de emprego e em especial das práticas de orçamentos participativos e planejamentos participativos de cidade.
  • Como movimento social cabe aos sujeitos partícipes do MOVA demandar e propor ao Estado ações que efetivem o reconhecimento das diversidades de gênero, étnicas, geracionais e de portadores de deficiência como forma de assegurar a dimensão inclusiva e a qualidade social e pedagógica das ações do MOVA e dos demais programas educativos e sociais.
  • Como movimento social cabe aos sujeitos partícipes do MOVA demandar e propor alternativas concretas capazes de articular as ações de educação de jovens e adultos a programas de qualificação e geração de emprego e renda (particularmente no que se refere às formas de economia solidária) como condição necessária para se alcançar metas inclusivas para nossas ações no terreno da educação.
  • Como movimento social cabe ampliar a compreensão das exigências cada vez mais complexas de criação de um ambiente alfabetizador e que entre outras ações sugere a imperiosa necessidade de articularmos nossos programas de educação de jovens e adultos aos programas de inclusão digital e a gama mais diversa possível de ações culturais.
  • Como movimento social cabe assim aos sujeitos partícipes do MOVA (educadores, educandos, coordenadores, gestores) combinarem a necessária competência político-pedagógica da sala de aula com a ação igualmente competente como militantes na luta pelo direito `a educação ao longo de toda a vida dos jovens e adultos. Por isso Paulo Freire, no mesmo artigo acima referido afirma que a educação de adultos virando educação popular se tornou mais abrangente:" educadores e grupos populares descobriram que educação popular é sobretudo o processo permanente de refletir a militância; refletir, portanto, a sua capacidade de mobilizar em direção a objetivos próprios. A prática educativa, reconhecendo-se como prática política, se recusa a deixar-se aprisionar na estreiteza burocrática de procedimentos escolarizantes. Lidando com o processo de conhecer, a prática educativa é tão interessada em possibilitar o ensino de conteúdos às pessoas quanto em sua conscientização."

Pedro Pontual concluiu sua fala afirmando que acredita que a luta pelo direito à educação é parte da luta pela universalização do conjunto dos direitos econômicos, sociais culturais e ambientais capazes de assegurar um Brasil alfabetizado, mas também capaz de assegurar justiça, equidade, substantividade democrática para todos seus cidadãos e cidadãs. E lembrando-se dos dizeres do nosso querido Paulo Freire encerrou sua fala afirmando: "se é verdade que a educação sozinha não é capaz de construir cidadania é também verdade que sem ela a cidadania ativa não se realiza."

Liana Borges parabenizou o grupo de Goiânia pela organização do 3º Encontro Nacional de MOVAs e agradeceu a possibilidade de partilhar com Pedro Pontual algumas idéias sobre as complexas relações entre o Estado e a Sociedade Civil na gestão dos Movimentos de Alfabetização de Jovens e de Adultos.

Segundo a professora é a primeira vez que fala sobre os MOVAs e com os MOVAs ,após a interrupção do MOVA-RS, um olhar de quem está "fora" da prática, mas em permanente reflexão sobre o que se passou no Rio Grande do Sul. Em outras ocasiões, juntamente com Pedro, eles falavam de um lugar comum: o Poder Público – município e Estado e agora, dialogaram de lugares distintos, porém complementares em se tratando de MOVAs – poder público e sociedade civil.

A professora também recuperou a historicidade dos MOVAs:"Para dar início a esta reflexão, julgo necessário recuperar a historicidade dos MOVAs, cujo o marco inicial é o MOVA-São Paulo, na gestão da prefeita Luiza Erundina (1989/1992) e do Secretário de Educação Paulo Freire (1989/991).

De forma particular, o MOVA-SP se distingue dos demais MOVAs, visto que à época já se encontravam centenas de núcleos de alfabetização de jovens e adultos localizados em regiões da cidade. Esses apresentavam percursos próprios, plenos de legitimidade e, portanto, estavam sedentos de uma ação de governo que tivesse apoio do Secretário Paulo Freire.

Nesse contexto, Pedro Pontual tomou a iniciativa de propor à Freire a criação de uma política pública que garantisse o direito à alfabetização/educação para todos. Então, a partir do resgate das práticas de alfabetização realizadas em São Paulo e da retomada das experiências desenvolvidas na América Latina desde os anos sessenta, o MOVA-SP foi sendo construído e, sob sua inspiração, outros foram sendo organizados.

Diferentemente do MOVA-SP, os demais MOVAs têm outro ponto de partida, pois é o poder público que se coloca como indutor da política de alfabetização, chamando a sociedade civil para compartilhar da realização do Movimento de Alfabetização.

Independentemente do ponto de partida, ou seja, se parte do Estado ou da sociedade civil, identifico três fases de implantação de Movimentos de Alfabetização em Governos Populares.

A primeira fase tem seu início em janeiro de 1989 com a criação do MOVA-SP. O começo da década de noventa é assinalada pela presença da expressão "Movimento" que, criando identidade própria, passa a fazer parte dos planos de educação dos Programas de Governo de Administrações Populares. Como exemplo, lembramos do MOVA-Diadema e do MOVA-Angra.

Mesmo permeada por essa primeira fase, localizo uma segunda, sendo que essa transcorre ao longo da década de noventa e tem duração até seu final. O MOVA é parte da política educacional de inúmeras Administrações Populares, sua identidade como Ação Política e Cultural se afirma e se expande, fazendo com que o conceito de parceria tome corpo e o diálogo entre o poder público e a sociedade civil se fortaleça.

A alfabetização de pessoas jovens e adultas passa a ser uma estratégia não só educativa, mas também de desenvolvimento econômico solidário e popular. Além do surgimento de novos MOVAs municipais (Santo André, Porto Alegre, Ipatinga, Embú, Chapecó, etc.), o final da década é marcado pela implementação de MOVAs estaduais (Rio Grande do Sul, Acre, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul). Ainda nesse período, os MOVAs adquirem novos formatos e nomes: MOVA-Regional/ABC e AJA Expansão-Goiânia, por exemplo.

O novo século chegou e trouxe boas novas. Luis Inácio Lula da Silva venceu as eleições e, além de outras tantas esperanças acalentadas ao longo de décadas, se vislumbrou uma possível terceira fase dos MOVAs. Tal fase se caracterizaria pela organização do MOVA-Brasil, visto que estava citado no Programa de Educação e, mesmo que não estivesse detalhado, supúnhamos que seguiria, pelo menos, os dois fundamentos políticos que norteiam os MOVAs."

Abordando sobre os dois fundamentos básicos dos MOVAs, a Professora Liana Borges expôs que "o começo de um governo popular é extremamente difícil, as instituições que compõem o Estado não estão voltadas às necessidades do povo excluído e, para complicar, o aparato legal emperra as iniciativas de mudança.

Mesmo assim a campanha de alfabetização do Governo Lula, o Brasil Alfabetizado, está tomando corpo em diversos pontos do território brasileiro e essa ação é fundamental para demarcar as prioridades do atual governo, entretanto, os MOVAs vêem esse começo com preocupações, conforme nos manifestamos ainda em novembro do ano passado.

Como estamos em espaço geográfico e político próprios faço alguns destaques que me parecem cruciais na defesa da concepção dos MOVAs, sobretudo, porque creio que não podemos abrir mão de dar prosseguimento ao legado de Paulo Freire.

Primeiro fundamento: O MOVA como Política Pública

Tomaremos essa reflexão a partir do seguinte questionamento: Afinal, qual é o papel do Estado em relação ao MOVA?

Essa questão tem um leque de respostas, algumas muito específicas porque estão em acordo com a realidade de cada MOVA – sua estrutura organizacional e abrangência; outras são comuns a todos nós e é sobre essas que me debruço a seguir.

O primeiro papel do Estado é o de se colocar como impulsionador da criação e da implementação do MOVA, considerando os aspectos que seguem:

a) que o MOVA se realize, sempre, através do diálogo entre o poder público e a sociedade civil, fortalecendo o conceito de parceria a partir da definição de papéis. Como exemplo, o MOVA-RS organizou dessa forma:

- ao Estado: financiamento e gerenciamento do MOVA; proposição de fundamentos políticos e pedagógicos; garantia de material e de formação continuada em rede para todos os participantes do Movimento.

- à sociedade civil: articulação do MOVA-RS junto às comunidades, fomentando a construção da Cultura de Alfabetização, indicando e acompanhando os educadores populares e apoiadores pedagógicos e formando os grupos de alfabetização o mais próximo possível da demanda localizada.

- para ambos os partícipes: reflexão sistemática sobre a relação estabelecida em convênio, pois é extremamente necessário discutir sobre temas históricos: tutelamento, apadrinhamento, financiamento, etc. Também é importante que ambos construam alternativas para a garantia de continuidade do MOVA, especialmente em caso de uma alternância de governo. Como sugestão: preparando mecanismos legais para futura sustentação do MOVA; articulando o MOVA com outras experiências co-irmãs para projetar apoio futuro; tendo no horizonte (utopia) uma meta ousada, mas com os pés o chão, com consciência sobre as limitações impostas pela máquina pública (burocracia, orçamento e liberação dos recursos); evidenciando a opção pela educação popular, na teoria e na prática.

b) que o MOVA faça parte das políticas sociais do governo, pois somente dessa maneira é possível superar alguns elementos que imperram a implementação e o crescimento do Movimento, tais como a superação da burocracia, o atendimento básico em saúde (óculos), o fomento à geração de trabalho e renda, o acesso à cultura, à terra, etc.

c) que o MOVA faça parte da política educacional da Secretaria de Educação, participando da totalidade do processo de construção da mesma (isso pode evitar o isolamento e a disputa política interna), para que a noção de direito à educação para todos seja a base da construção da CULTURA DE ALFABETIZAÇÃO como interface da CULTURA DE PARTICIPAÇÃO.

d) que o MOVA faça parte da política pública de Educação de Jovens e Adultos, com gestão e financiamento articulados (a mesma equipe de coordenação evita disputa), bem como com a garantia de qualificação e crescimento da oferta, evitando, com isso, que os educandos do MOVA não consigam a continuidade da escolarização e/ou rejeitem a EJA.

Segundo fundamento: A Educação Popular como paradigma

A teoria norteadora da prática educativa do MOVA é a definição mais importante porque dela decorrem quase todas as outras decisões. Qual é o conceito de alfabetização do MOVA? Há um tempo indicado para se atingir tal conceito? Quem será o(a) educador popular? Qual formação deve ter esse(a) educador(a)? Como se organiza uma rede de formação político-pedagógica permanente? Quantos educandos(as) são necessários para formar um grupo de alfabetização? Etc.

Se fossemos listar todas as decisões que tomamos quando estamos desenhando um Movimento de Alfabetização, descobriríamos que é uma tarefa infinita, então, sugiro que façamos mais uma pergunta, essa sim, chave para resolver nossos desafios. Acreditamos que a educação pode ser neutra e que a alfabetização pode se apresentar destituída de intencionalidade?

Os MOVAs encontraram a resposta fazendo opção pela construção da língua escrita enquanto uma ação política e cultural, em que o diálogo entre educandos e educadores é elemento central para resgatar, pensar e transformar a realidade.

Considerando esses objetivos, o desejado não se limita à aquisição pura e simples do código escrito, portanto, o tempo não pode ser definido nem a priori e nem como regra geral para todos os educandos. Porém, caso essa definição se imponha como parte do planejamento político e orçamentário, não é admissível determinar algo inferior a oito, nove ou dez meses de alfabetização. Além disso, deve-se considerar que os tempos de aprender são distintos, já que respeitam os processos individuais. A experiência nos ensinou que não devemos interromper, por exemplo, o processo de alfabetização daqueles sujeitos que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem, ou ainda, daqueles que são portadores de deficiência, situações muito presentes (às vezes majoritárias) em salas de aula dos MOVAs.

Em síntese, a alfabetização que buscamos nos MOVAs se propõe a:

  1. Contribuir, significativamente, para a retomada, recriação e expansão do legado de Paulo Freire.
  2. Participar, intensamente, de espaços de luta por um novo mundo possível (FME, FSM, COLE, RAAAB, Fóruns de EJA, Conselhos de Direito).
  3. Estabelecer interface com as demais políticas sociais governamentais.
  4. Dialogar com ONGs e Movimentos Sociais que partilham das mesmas bases filosóficas e epistemológicas, bem como com Universidades e outros governos.
  5. Fazer com que a alfabetização de jovens e adultos, nos Governos Populares, em tese, assuma centralidade na política educacional.
  6. Influenciar, sobremaneira, a educação escolar (currículo, avaliação, planejamento) das crianças e dos jovens e adultos.
  7. Despertar a demanda por EJA, provocando ações concretas dos poderes públicos, com vistas à ampliação do atendimento para a garantia da continuidade da escolarização.
  8. Instigar as universidades e centros de pesquisa a refletir sobre as suas práxis, já que a Pedagogia dos MOVAs têm despertado interesse no país e também no exterior.

Para concluir esse diálogo com Pedro e com vocês, penso que devemos avaliar se podemos dar um passo importante ao final do 3º Encontro Nacional dos MOVAs. Nossas trajetórias, diferentes e singulares, garantem que possamos sair daqui articulados em uma REDE NACIONAL DE MOVAs, denominada de MOVA-BRASIL?

- Construímos uma Pedagogia própria, alicerçada em Paulo Freire e no paradigma da Educação Popular?

- Somos um coletivo que partilha dos mesmos sonhos e compromissos e estamos desejosos de contribuir com o governo federal de alguma maneira?

As respostas para estas questões não são conclusivas, mas se iniciaram em POA (2001), tiveram continuidade em 2002 (Santo André) e podem culminar aqui, mesmo que alguns MOVAs não tenham vingado, que outros não tenham tido seu nascimento sequer anunciado ou que outros tenham, quem sabe, se "distanciado" do paradigma da Educação Popular.

Os MOVAs têm na sua gênese, como busca constante, a utopia, a esperança, a transformação e a alegria de Freire. Desejamos, sim, ensinar a ler e a escrever a língua-mãe a todos os brasileiros e brasileiras, mas isso é apenas o começo. Queremos que o povo tenha pão, casa, trabalho, poesia e Alfabetização como Ação Política e Cultural."

A Professora Liana Borges encerrou sua palestra propondo a afirmação do MOVA como POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E DE ADULTOS dos governos populares e a constituição de uma REDE NACIONAL DE MOVAS – MOVA-BRASIL, com a finalidade de articular as diversas experiências em curso e fomentar a constituição de novos Movimentos de Alfabetização de Jovens e Adultos.

  • Das 12h 30min. às 13h 30min.
  • – Apresentações Culturais: COSTA SENNA EM CENA (Santo André/SP) e XOTE ECOLÓGICO - Sinvaldo (Projeto AJA-Expansão, Goiânia/GO)
  • Das 14h às 18h
  • – Grupos de Trabalho (G.T’s) com a participação dos gestores, coordenadores e delegados (representantes de educandos e educadores)

Na tarde do dia 11/08/2003 e manhã do dia 13/08/2003, durante o 3º Encontro Nacional de MOVAs três grupos de trabalho (GT’s), com a participação dos gestores, coordenadores e delegados, discutiram o documento denominado "Proposta para implementação do MOVA-Brasil" entregue ao Ministro da Educação em janeiro do corrente ano; bem como os temas "O MOVA como política pública, Formação político pedagógica dos educadores populares dos MOVAs e Educação popular e MOVA. A síntese dos trabalhos dos GT’s foi apresentada na reunião das 18 horas.

  • 14h às 18h - ATIVIDADES PARALELAS PARA OS DEMAIS EDUCADORES: troca de experiências, apresentações de pôsteres e vídeos.

No decorrer do Encontro ocorreram, paralelamente às atividades dos GT’s, as trocas de experiências entre educadores, exposição de pôsteres e exibição de vídeos. As 58 troca de experiências, que ocorreram nos dias 11(vespertino) e 12(matutino), foram organizadas em eixos temáticos assim distribuídos:

Práticas Pedagógicas: Meio Ambiente e Saúde

  • TERRÁRIO, A BIOSFERA EM MINIATURA

André Alves Madeira – SEMASA –Santo André/ SP

  • PROJETO PLANTAS MEDICINAIS: CIÊNCIA E SABEDORIA POPULAR

Terezinha Maria da Silva Gomes e Vera Rodrigues de Souza – MOVA – Diadema/SP

  • MEIO AMBIENTE INTEIRO

Artur Soares da Cruz e Nelma Florentino – MOVA -Santo André/ SP

  • A CULTURA ALIMENTAR DA COMUNIDADE DE CARAPARÚ

Marly Corrêa Leal e Selma Regina P. Leitão – SME de Belém/ PA

Educação Popular e MOVA

  • O AJA-EXPANSÃO QUE ESTAMOS CONSTRUINDO

Maria Auxiliadora Dias da Silva Ribeiro – Projeto AJA - Expansão – SME de Goiânia/ GO

  • DESENRAIZAMENTO E ESCOLARIZAÇÃO NO PROJETO AJA EM GOIÂNIA

Ivonete Maria da Silva – SME de Goiânia/ UFG

  • PAULO FREIRE PARA EDUCADORES: O SUJEITO EM CONSTRUÇÃO

Adilson dos Santos Miranda - Projeto AJA-Expansão – SME de Goiânia/ GO

  • EDUCAÇÃO POPULAR E MOVA IPATINGA

Lauriene B. Pina - AEJA - Ass. dos Educadores de Jovens e Adultos de Ipatinga – Ipatinga/ MG

Práticas pedagógicas – Questões sociais

  • MEU NOME, MINHA HISTORIA, MINHA AUTORIA

Adriene Motley Santana, Neubervan Ribeiro Vieira e Rosângela Sousa Modesto - SME de Belém/PA

  • DISCUTINDO A FALTA DE INFRA-ESTRUTURA NA OCUPAÇÃO PARAÍSO DOS PÁSSAROS

Dilcélia Rodrigues – SME de Belém-PA

  • DISCUTINDO O DESEMPREGO NA ILHA DO MOSQUEIO

Fernanda Barata Gerhardt e Roseane Barata Almeida – SME de Belém-PA

  • DISCUTINDO AS ELEIÇÕES NO BAIRRO DA PEDREIRA

Edmar Marcelo da Silva e Normélia Cruz - SME de Belém-PA

Práticas Pedagógicas no MOVA – Questões Sociais e Avaliação

  • ÁGUAS LINDAS: ONTEM E HOJE, O BAIRRO REVISITADO PELOS(AS) ALFABETIZANDO(AS) DO MOVA

Alcilene Viana e Cleonice Silva - SME de Belém/ PA

  • PESQUISA CARTOGRAFIA SOCIOCULTURAL DO MOSQUEIRO

José de Anchieta de Oliveira Bentes – SME de Belém/ PA

  • RESGATANDO "NOSSA HISTÓRIA" "NOSSO BAIRRO" "NOSSA CIDADE MAUÁ

Elisângela Oliveira Fialho Santos – SMEC de Mauá/SP

Educação Popular e Articulação MOVA – EJA nos Sistemas de Ensino

  • MOVA-DIADEMA NA CONSTRUÇÃO DE UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO POPULAR

Carlos Evandro, Isabel e Márcia Rodrigues – MOVA - Diadema/ SP

  • ARTICULAÇÃO MOVA - EJA NOS SISTEMAS DE ENSINO

Maria da Penha Andrade Lima – SMEC de Ipatinga/ MG

  • MOVA – PORTO ALEGRE

Mara de Guadalupe Menezes de Lima – SME de Porto Alegre/ RS

  • MOVA - SÃO PAULO – EXERCÍCIO DE CIDADANIA

Marta Andrea Catalani, Marisa Cristina Ferreira Darezzo, Rufina Francisca da Costa Santos – MOVA São Paulo/ SP

  • INTEGRAÇÃO MOVA/EJA NOS SISTEMAS DE ENSINO

Marta Andrea Catalani, Marisa Cristina Ferreira Darezzo, Rufina Francisca da Costa Santos – MOVA São Paulo/ SP

Práticas Pedagógicas no MOVA – Leitura e Escrita

  • UM CONTO, UM ENCANTO: TRABALHANDO COM ELEMENTOS DA CULTURA POPULAR NA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Marlete Araújo Passos – MOVA Prof. Paulo Freire de Belém/ PA

  • O TRIÂNGULO AMOROSO: ORALIDADE, LEITURA E ESCRITURA

Benedita faria Marques – SME de Belém/ PA

  • A ESCRITA NOSSA DE CADA DIA: O TEXTO UTILITÁRIO NA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Elielza Duarte Pinto, Hosana Costa e Rosenilda Fátima Moreira Rodrigues – SME de Belém/ PA

  • ALFABETIZAÇÃO E GÊNERO: DISCUTINDO A CONDIÇÃO FEMININA DO BAIRRO DO TELÉGRAFO

Rafaela Dias Pires – SME de Belém-PA

  • UMA EXPERIÊNCIA COM ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: AS VICISSITUDES DA LEITURA E ESCRITA

Ádria Rodrigues de Andrade - SME de Goiânia/ GO

Formação Político – Pedagógica e Quem são os sujeitos do MOVA

  • A FILOSOFIA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO EM PAULO FREIRE

Adrienne Machado Costa – UCG - Goiânia/ GO

  • QUAIS SÃO OS EDUCANDOS E EDUCADORES DO MOVA

Eliane Pureza de Menezes e Luzia A. Mendes de Pinho – SMEC de Ipatinga/ MG

  • A PESQUISA, A AÇÃO E A INVESTIGAÇÃO DO UNIVERSO TEMÁTICO SIGNIFICATIVO NO MOVA PROF. PAULO FREIRE

Geraldo Barros – SME de Belém/ PA

  • FORMAÇÃO PERMANENTE DOS EDUCADORES POPULARES MOVA-IPATINGA

Romilda Ilias Dutra – SMEC de Ipatinga/ MG

Práticas Pedagógicas no MOVA – Meio Ambiente e Saúde

  • A SABEDORIA POPULAR DE HOMENS E MULHERES POR TRILHAS, IGARAPÉS E RIBEIRINHOS: A CURA PELAS PLANTAS MEDICINAIS

Erick Moraes Gomes e Oneide Campos Pojo – SME de Belém/ PA

  • QUANDO O LIXO É UM PROBLEMA E UMA SOLUÇÃO: UM OLHAR CARAPIRÁS EDUCADORES DO MOVA NO LIXÃO DO AURÁ.

Maia Alice Rodrigues, Michele Monteiro Franco e Natalice Sousa - MOVA - Belém/ PA

  • CIDADES: PROGRESSO LIXO

Helaine Pirollo e Fátima Guerreiro – MOVA - Diadema/ SP

  • DISCUTINDO A FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO NO BAIRRO DO BARREIRO

Alice Palheta Sá e Linamara Muniz – SME de Belém/ PA

  • Das 18h às 20h
  • – Reunião com participação dos gestores, coordenadores e delegados (representantes de educandos e educadores)

Dando continuidade às atividades, após os grupos de trabalho, os delegados, gestores e coordenadores reuniram-se, totalizando 47(quarenta e sete) participantes com o objetivo de aglutinar as discussões ocorridas na tarde de 11.08.03. nos GT’s 01,02 e 03, com a finalidade de se construir um documento do 3º Encontro Nacional de MOVA’s a ser entregue ao Ministro da Educação.

A reunião iniciou com uma breve apresentação dos presentes e, na sequência, a apresentação da proposta de encaminhamento que os coordenadores de cada GT fizessem a exposição da síntese das discussões.

GT-01 – Coordenadoras: Profª. Alda Borges/ Liana Borges:

Neste GT foi feita a leitura dos tópicos do documento-base e, após discussões, os delegados nele presentes enumeraram nove pontos que deveriam constar no documento:

1o) Fortalecimento da constituição de uma Rede Mova Brasil;

2o) MOVA Brasil representa 40 anos de história da educação popular;

3o) MOVA Brasil em defesa do Governo Lula e não contra o Programa Brasil Alfabetizado;

4o) Conceito de alfabetização

5o) MOVA BRASIL como política pública de educação de jovens e adultos;

6o) MOVA BRASIL deve abarcar todos os "moveanos";

7o) Concepção de MOVA BRASIL;

8o) Destaque para a formação política de todos os envolvidos no MOVA;

9o) Cumprir e resgatar os compromissos internacionais (CONFITEA ...)

Em seguida, retomaram o documento-base com o objetivo de cotejá-lo com os pontos enumerados.

GT-02 – Coordenadora: Profª. Maria Emilia

Neste GT foram apresentados os seguintes pontos no decorrer da discussão:

1o) Reforçar a responsabilidade das instâncias do governo federal no atendimento à educação básica, tendo os municípios suas diferenças respeitadas;

2o) Necessidade de fortalecimento dos movimentos sociais;

3o) Não fechar um tempo pré-determinado para o processo de alfabetização conforme consta do documento-base;

4o) Formas de viabilizar recursos para a EJA;

5o) Articulação MOVA-EJA – necessidade de se pensar formas das escolas receberem estes alunos que vêm dos MOVAs;

6o) Garantir ao aluno não apenas a alfabetização mas o ensino fundamental completo;

7o) Garantir as especificidades da EJA;

8o) Delinear os princípios para o MOVA;

9o) Formação específica com os(as) educadores(as) populares.

GT- 03 – Coordenadora: Profª. Maria Margarida

Neste GT, após as apresentações dos delegados presentes, houve a leitura coletiva do documento-base, havendo em seguida uma ponderação acerca da diferença entre o momento atual e aquele em que o documento foi elaborado, sendo a análise de conjuntura o ponto de partida para as discussões seguintes. Inicialmente avaliou-se que o documento não traduzia a realidade atual sendo, portanto, considerado "passado". Após várias argumentações, ponderou-se que o "documento foi síntese de um momento" e poder-se-ia tê-lo como ponto de partida para escrita de outro.

Na seqüência, foi discutida uma sugestão de estrutura do texto: a) Introdução – o que são os MOVA’s e resgate histórico do MOVA; b) Princípios do MOVA – educação como direito (garantia da alfabetização como parte desse direito), alfabetização como inserção social, articulação com políticas de trabalho e renda; c)Encaminhamentos.

Outros pontos debatidos:
  • O MOVA deve se constituir como "movimento de resistência" ;
  • O documento deve referendar "a força do MOVA Brasil" ;
  • A questão das formas de financiamento;
  • A discussão do MOVA como movimento social e enquanto parceria com os Governos;
  • Estabelecimento de uma relação melhor definida com os sindicatos;
  • Tempo para alfabetização.

Após a exposição dos trabalhos dos três GT’s, foram acrescentados alguns elementos que deveriam constar com maior clareza no corpo do documento que teria como partes:

  1. Introdução
  2. – o que são os MOVA’s
  • (MOVA como movimento e não como campanha);
  • MOVA como parceria não exclusivamente com o Governo Federal;
  1. Histórico
  • Resgate histórico do MOVA (com dados quantitativos);
  • Resgate dos três encontros nacionais
  1. Princípios do MOVA
  • Educação como direito (garantia da alfabetização como parte desse direito)
  • Alfabetização como inserção social
  • Articulação com políticas de trabalho e renda
  1. Encaminhamentos
  • Retomar as duas proposições: reunião com SEEA e indicação de representantes do MOVA na Comissão Nacional, sendo um por região brasileira.
  • Distinguir no documento os termos "terminalidade" de "temporalidade" pois o Governo vem trabalhando com a questão da terminalidade de uma forma que contradiz as propostas historicamente defendidas pela educação popular. É importante dizer que não se trata de um tempo específico do indivíduo, mas de condições concretas nas quais este se encontra.
  • Fazer referência ao Plano Plurianual (PPA), ao financiamento da EJA, no documento do MOVA.
  • A UNDIME e o CONSED devem estar cientes de que o Programa Brasil Alfabetizado "fere" as propostas de municípios que já vêem desenvolvendo o MOVA.
  • A Coordenação Nacional do MOVA deve acompanhar o diálogo/encaminhamentos dos MOVA’s com o MEC acerca do Programa Brasil Alfabetizado.
  • Definir local para o próximo MOVA.

Ao final da reunião deliberou-se por realizar uma reunião ampliada com a participação dos gestores, coordenadores e delegados (representantes de educandos e educadores) na manhã seguinte, das 8h às 12h, para fechar o documento.

  • Das 20h às 22h
  • – atividade cultural: Peça de teatro "POR GOIÁS" – Grupo de teatro vinculado à Universidade Católica de Goiás -

Dia 12 de agosto de 2003 – Terça-feira

  • Das 08h às 9h
  • – Apresentação Cultural: BANDA MUSICAL – Secretaria de Cultura da Prefeitura de Goiânia
  • Das 9h às 12h
  • – Reunião ampliada dos GT’s e os gestores, coordenadores e delegados (representantes de educandos e educadores)

O conjunto das discussões dos GT’s, reunião de gestores, coordenadores e delegados resultou no documento "Carta do 3º Encontro Nacional de MOVAs" (anexo 1), o qual foi aprovado em plenária e será entregue ao Ministro da Educação pela coordenação do 3º Encontro de MOVAs. Também foi tirado nos GT’s como ponto a ser levado para aprovação em plenário que a Coordenação Nacional dos MOVAs será composta com um representante de cada região brasileira (cinco ao todo), um representante do Instituto Paulo Freire e um representante das ONGs, representadas pela Ação Educativa. Foi encaminhado pelos GT’s a necessidade de uma agenda de reuniões da Coordenação Nacional dos MOVAs, bem como a constituição e fortalecimento dos Fóruns de MOVAs.

  • 9h às 12 - CONTINUIDADE DAS ATIVIDADES PARALELAS PARA OS DEMAIS EDUCADORES: troca de experiências, apresentações de pôsteres e vídeos.

Formação Político – Pedagógica dos Educadores do MOVA

  • FORMAÇÃO CONTINUADA: UM REPENSAR DA AÇÃO PEDAGÓGICA

Cristiane Rodrigues Silva - SME de Belém/ PA

  • A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS EDUCADORES POPULARES DO PROJETO AJA-EXPANSÃO DE GOIÂNIA

Marilurdes Santos Oliveira - Projeto AJA-Expansão – SME de Goiânia/ GO

  • PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – PROAJA/ TRÊS DE MAIO- RS

Ana Silva Corteze – SMEC de Três de Maio/ RS

  • A FORMAÇÃO POLÍTICO PEDAGÓGICA DOS EDUCADORES DO MOVA-SÃO PAULO

Marta Andrea Catalani, Marisa Cristina Ferreira Darezzo, Rufina Francisca da Costa Santos - MOVA -São Paulo/ SP

Educação Popular e Prática Pedagógica no MOVA

  • INSTÂNCIA EDUCATIVA E DESEJO NA EDUCAÇÃO POPULAR

Janaína Cristina de Jesus e Cristóvão Giovani Burgarelli – SME de Goiânia e UFG - Goiânia/ GO

  • EDUCAR PARA A AUTO-ESTIMA

Iracema de oliveira – Projeto AJA-Expansão – SME de Goiânia/ GO

  • Oficina: VALORIZAÇÃO E AUTO-ESTIMA DO EDUCANDO

Marli Lopes de Moraes – MOVA -Diadema/ SP

Prática Pedagógica no MOVA: Matemática

  • O RECURSO DIDÁTICO E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NAS AULAS DE MATEMÁTICA

Maria de Fátima Teixeira e Ana MARLY DE A . LOPES – CEPAE/ UFG e Projeto AJA-Expansão da SME de Goiânia/ GO

  • TRABALHANDO O CALENDÁRIO NO PROJETO AJA - EXPANSÃO

Solange Maria Pires Fonseca - Projeto AJA-Expansão – SME de Goiânia/ GO

  • VALE COMPRA, COMO GASTÁ-LO

Dirce de Oliveira – MOVA - Mauá/ SP

  • DISCUTINDO A ETNOMATEMÁTICA NO MOVA

Antônio Lucena – SME de Belém/ PA

  • JOGOS PEDAGÓGICOS

Tânia Valéria Olintras e Telma – MOVA - Diadema/ SP

Práticas Pedagógicas no MOVA: Cidadania – Arte e Meio Ambiente

  • SOU CIDADÃO

Célia Regina Fortes - SEMASA -l de Santo André/ SP

  • A ARTE EM SALA DE AULA

Shirlei Roberto e Giselma Roberto Cardoso – MOVA Paróquia Nossa Senhora das Graças - Santo André/ SP

  • ARTE, REAPROVEITAMENTO, LEITURA E ESCRITA NO TEMA MEIO AMBIENTE.

Maria Madalena Morais de Oliveira – Projeto AJA-Expansão - SME de Goiânia/ GO

  • RECEITA ALFABETIZADORA

Arlete Pereira – SME de Araraquara/ SP

Formação Político – Pedagógica dos Educadores Populares

  • PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE FAVOREÇAM A TRANSFORMAÇÃO DO SUJEITO

Rita de Cássia Simões – Projeto AJA-Expansão – SME de Goiânia/ GO

  • FORMAÇÃO DOS EDUCADORES POPULARES DO PROJETO AJA-EXPANSÃO DE GOIÂNIA/ GO

Rita de Cássia Simões, Ozana Silva Donha, Maria Emilia de Castro Rodrigues – Projeto AJA-Expansão – SME de Goiânia/ GO

  • A DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PEDAGOGIA

Alda Maria B. Cunha, Andrea Alves Ulhôa e Romilson Siqueira – UCG - Goiânia/ GO

  • PROJETO AJA-EXPANSÃO: HISTÓRICO E FUNCIONAMENTO

Luciana B. de Oliveira, Maria Auxiliadora D.da Silva - Projeto AJA-Expansão–SME de Goiânia/ GO

A sessão de pôsteres transcorreu durante todo o evento, sendo apresentado um pôster por município, a partir de inscrição prévia. Foram apresentados os pôsteres :

  • "A Docência em Educação de Jovens e Adultos: uma Experiência de Estágio Supervisionado do Curso de Pedagogia"

ALDA MARIA B. CUNHA, ANDREA ALVES ULHÔA E ROMILSON SIQUEIRA

  • "Projeto AJA-Expansão da Secretaria Municipal de Goiânia"

ALZIRA SARA DE ASSIS RIBEIRO DOS SANTOS, VALÉRIA DIAS FERREIRA

  • "Educação e Direito Alfabetizar é fazer justiça"
ROSEMARY MENDES MATOS
  • "MOVA – Porto Alegre"

MARIA DE GUADALUPE MENEZES DE LIMA

  • "O MOVA nas águas: um (re)encontro com os/as ribeirinhos/as"
ONEIDE POJO E ERICK GOMES

A sessão de vídeos transcorreu na manhã do dia 12/08/2003(das 8h às 12h), sendo um sucesso. Foram apresentados 05 vídeos :

  • "MOVA – RS: Práxis e Protagonistas
LIANA DA SILVA BORGES
  • "Projeto Arco-Iris"

IRENE APARECIDA FERREIRA MACÊDO

  • "Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos – PROAJA/ Três de Maio- RS"

ANA SILVIA CORTEZE – SMEC de Três de Maio

  • "MOVA-São Paulo – Exercício de Cidadania"

MARTA ANDREA CATALANI, MARISA CRISTINA FERREIRA DAREZZO, RUFINA FRANCISCA DA COSTA SANTOS – SME de São Paulo/SP

Duração: - (15 min)
  • MOVA-ABC- 2º Encontro Nacional de MOVA’S
LUIZ SOARES (Lulinha) – ABC/SP
Duração: 20 min
  • Das 13h às 14h
  • – Apresentações Culturais. – Poesias, Cantos e Apresentação do Coral da Universidade Católica de Goiânia.
  • Das 14h às 18h
  • – Plenária Final da qual participaram todos os presentes. Procedeu-se à votação de cada item discutido pelos grupos anteriores no que se refere à elaboração do documento final da proposta para a implementação do MOVA Brasil.

PLENÁRIA FINAL
  • Deliberações da plenária:
  1. A coordenação nacional dos MOVA’s será composta com representantes das cinco regiões brasileiras, um representante do Instituto Paulo Freire(IPF) e um representante pela Ação Educativa. Os nomes indicados das regiões permanecerão até o próximo encontro nacional; bem como o representante da coordenação local que sediará o próximo encontro;
  2. A definição da temática a ser discutida no 4º Encontro Nacional dos MOVAs, ficou a cargo da coordenação nacional juntamente com o próximo local que sediará o evento definir, após colher sugestões;
  3. O próximo encontro acontecerá em Campo Grande no Estado de Mato Grosso do Sul;
  4. A carta do 3º Encontro Nacional dos MOVAs foi aprovada por unanimidade na assembléia;
  5. A coordenação local que sediou o 3º Encontro Nacional dos MOVAs se incumbirá de encaminhar o documento ao Ministério da Educação;
  6. Constituir e fortalecer os Fóruns de MOVA’s.
  • Agradecimentos:

A todos os participantes do 3º Encontro Nacional dos MOVAs e em especial àqueles que pelo seu trabalho e dedicação fizeram o encontro acontecer: equipes da SME, UCG, UFG, Centro Pastoral Dom Fernando e Convento Mãe Dolorosa e a todos que direta ou indiretamente nos apoiaram, contribuindo para a realização deste encontro.

  • Das 18h às 20h
  • – Encerramento e reunião específica para os integrantes das regiões a fim de eleger os representantes destas. Foi consenso que por mais este ano esteja na coordenação os seguintes representantes das regiões: Sr. Luís (Lulinha) representante do MOVA ABC(região Sudeste); Maria Emilia de Castro Rodrigues (representante da região Centro-Oeste); Liana Borges (representante da região Sul), Adelaide (representante da região Norte) e o representante da região Nordeste necessita ser indicado pelos MOVA’s daquela região.
Anexos:

  1. Hino do MOVA
  2. Carta de Goiânia
  3. Listas das atividades culturais;
  4. Lista das delegações por município
  5. Equipe de apoio do encontro.
  6. Avaliação
Equipe de relatoria:
  • Maria Emilia de Castro Rodrigues (UFG) (coordenação);
  • Andréa Alves Ulhôa Santos (UCG) (coordenação);
  • Maria Margarida Machado (UFG) (coordenação);
  • Janaína
  • Cristina de Jesus (SME)

Atividades Culturais

ATIVIDADES CULTURAIS - 3º ENCONTRO NACIONAL DE MOVA's

10/08

19h às 19h e 50 min

 

TEATRO - TORTURAS DE UM CORAÇÃO (Auditório)

11/08

08h às 08h e 30 min

 

CORAL DA SME (Auditório)

08 h e 30 min. às 08 h e 50 min.

 

GRUPO GWAYA (Auditório)

  • Às 13 h e 30 min

 

COSTA SENNA EM CENA - Santo André (Tendas)

 

XOTE ECOLÓGICO - SINVALDO (Tendas)

 

19 h às 19 h e 50 min

 

POR GOIÁS (Auditório)

12/08

08 às 09 h

 

BANDA MUSICAL - CULTURA (Auditório)

12h e 30m às 13h e 30m

 

RAPP DA VOVÓ (Tendas)

ESCOLA PARA TODOS: ABERTA À COMUNIDADE - Teatro dos educadores e coordenadores do Projeto AJA-Expansão (Tendas)

14h às 15 h

 

CORAL DA UCG E O DANÇA FULÔ (Auditório)

Hino dos MOVAs

HINO DO MOVA
A nossa história acontecer

Almino Henrique
Vamos ler o mundo
Escrever o mundo

Juntos fazer a nossa história acontecer!

 

Acontece que o movimento cresce
É um ato plural e coletivo
É a luta de homens e mulheres

Paulo Freire pra sempre estará vivo!

 

Conquistar o direito da escrita

Da leitura é tornar-se um cidadão

Que transforma que fala de política

Que critica que faz revolução.