Formosa

 

BREVE SÍNTESE DA HISTÓRIA DE FORMOSA

A tradição relaciona a origem de Formosa a partir da fundação do Arraial dos Couros em meados do século XVIII, fundado por negros, fugindo da febre amarela que estaria dizimando os moradores de um outro Arraial, o de Santo Antônio do Itiquira, na barra do rio Itiquira com o rio Paranã.  

Formosa na época da Pré-História: A origem do nome Couros

Não há consenso entre pesquisadores e a tradição sobre a origem do nome couros. Alguns apontam que os moradores vendiam peles de animais selvagens, outros diziam que vendiam couro de vaca, alguns comentavam que as casas eram cobertas com couros, e outros diziam que eram os comerciantes/ tropeiros que acampavam no Registro da Lagoa Feia e dormiam em barracas de couro.  

Formosa na época do Império 

O livro Cunha Mattos ( 1979) faz referência escrita contendo um pouco de detalhes sobre o Arraial dos Couros. Cunha Mattos descreve, na viagem que fez a Formosa em 1819, que o Arraial era um dos mais antigos da Província. Confirma que esteve localizado no Sítio de Itiquira, mudando-se para a atual localização.  

O Arraial dos Couros se torna Julgado  

Em 1833, Santa Cruz, Santa Luzia, Natividade, Catalão, São José do Tocantins e Arraias vão ser elevadas a categoria de Vila, e Arraial de Couros vai se transformar em Julgado no dia 12 de abril de 1834, Couros passa a contar com o Juiz Municipal José Monteiro Guimarães, o juiz, de Órfão João José Alves Vianna e o Promotor Público João Pinto Soares Magalhães. O Arraial passa a contar também com juiz de paz, escrivão do juiz de paz, tabelião de notas, procurador, fiscal, arruador, porteiro, inspetores policiais e coletor.  

Vila Formosa da Imperatriz 01 de agosto de 1843 

Formosa foi elevada a Vila em 1843, e a Câmara Municipal instalada em 22 de fevereiro de 1844. A Vila fará parte da Comarca de Santa Cruz. Como não havia a estrutura de prefeitura municipal, a Câmara governava a cidade. O primeiro presidente da Câmara foi o Sr. Lázaro de Mello Álvares.

Em 1841, Formosa recebe a Escola Masculina de Primeiras Letras e o professor é o Capitão Major Fidêncio de Sousa Lobo. Em 1862, a professora Auta Francisca da Silva Rocha Vidal é a responsável pela escola feminina.

Igreja Matriz primeira sede ( 1838 a 1904 ) 

Durante muitos anos os serviços religiosos foram realizados na Capela de Nossa Senhora do Rosário. O Crescimento populacional levou a construção da primeira sede da Igreja Matriz, que vai funcionar entre 1838 e 1904. Em 1915, a igreja será derrubada por não estar mais em condições de receber fiéis.

Formosa na época da República : Colégio São José – 1910 

Em 1910 o Colégio São José foi inaugurado. Formosa será conhecida como a “capital da instrução”. O Colégio vai formar os primeiros professores por meio do curso Normal. Estudantes de diversas cidades, incluindo Planaltina, Paracatu / MG, Capim Branco, Sitio D’Abadia, Posse e São Domingos.

Escola Paroquial Santo Thomaz de Aquino ( futuro Colégio Planalto) – 1923

É uma escola de ensino primário e complementar para meninos, gratuita, custeada em grande parte pelos frades, pela fábrica (?) e por uma pequena monta recebida do governo estadual. A Escola Paroquial possuía uma qualidade de ensino equivalente às melhores escolas do Estado.  

Formosa entre 1960 e 2006

Brasília trouxe um grande impulso para toda a região central do País. O Governo Juscelino Kubitshek é um divisor histórico na maneira de ver, pensar e planejar o Brasil. Formosa vai receber uma série de benefícios ( e prejuízos...) relacionados ao seu rápido crescimento. De uma população de pouco mais de 20.000 habitantes, para mais de 80.000, em pouco mais de 40 anos. Água encanada, luz elétrica, asfalto, uma rede de postos de saúde e de hospitais, escolas públicas e particulares, faculdades, agropecuárias, hotéis, restaurantes, comércio, etc.

 

 

Dados Ambientais

Formosa: Questões Ambientais

Clima: Tropical chuvoso com precipitação media anual de entorno de 1600mm. A temperatura média está em torno de 20,6 °C e a temperatura térmica entre as máximas e mínimas é de    10 °C em média.
Ativo ambiental: Formosa possui imenso patrimônio cultural e de sítios históricos e arqueológicos. Apresente clara aptidão para o ecoturismo. Registra a presença da flora medicinal e apicultura. Detém o titulo de Reserva da Biosfera, concedido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1999. Formosa concentra-se em uma região de domínio do Bioma Cerrado, destacando-se a presença do campo cerrado, da mata seca e matas de galeria. Formosa é um divisor natural de águas de regime perene que pertencem as três grandes bacias hidrográficas do Brasil: Tocantins, São Francisco e Paraná, compondo uma rede de drenagem de padrão dendrítico regular e divisores com altitudes em torno de 1.100 a 1.200m. De Formosa emanem nascentes que escoam para o norte, sul e leste, por localizar-se em um alto topográfico: Para o Norte drenam as águas que formam o rio Paranã, um dos principais contribuintes do rio Tocantins. Para Sul, junto a divisa com o Distrito Federal escoam as águas dos contribuintes do rio São Marcos, afluente do rui Paranaíba, pertencente a bacia do Paraná. Para o Leste drenam as águas do Rio Preto, afluente do Rio São Francisco, e seus contribuintes, cuja nascente está próxima a Formosa.     

Escolas que funcionam a EJA

ESCOLAS MUNICIPAIS DE FORMOSA QUE FUNCIONAM A EJA – 1º e 2ª FASE

 

 

Escola

Endereço

Nº de alunos

1

Escola Municipal Padre Geraldo Gloudemans

Av. Brasília – Formosinha

Fone - 33981 1199

14

2

Escola Municipal Marileila Alves dos Santos

Rua 01 – Bairro São Benedito

Fone – 3642 2755

23

3

Escola Municipal Padre José Ribeiro Leopoldino

Rua Coronel Limirio Rosa Nº101

Setor Pampulha fone – 3981 1078

17

4

Escola Municipal Professora Adelina Rodrigues de Souza

Rua Eunice Q. 24 lote 17/21

Jardim Califórnia fone – 3432 2108

14

5

Escola Municipal Professor Joaquim Moreira

Av. João Isper Gebrim – Formosinha

Fone – 3432 2092

105

6

Escola Municipal Floripes Pires Lopes

Av. Dr Flavio Vitor Dias – Parque da Colina II  fone – 3432 1889

30

7

Escola Municipal Professora Auta Vidal

Rua 10 Setor Nordeste

Fone – 3981 1043

115

 

8

Escola Municipal Gabriela Amado

Av Circular Vila Marilac

Fone – 3432 2115

22

9

Escola Municipal Maria Lícia de Castro Trindade

Rua 28 Setor Bosque

Fone – 3981 1226

99

10

Escola Municipal Franklin Granham

Rua 12 s/nº Setor Primavera

Fone – 3981 1048

15

11

Escola Municipal Pedro Chaves Filho

Rua 09 Jardim Oliveira

Fone – 3981 1192

13

12

Escola Municipal 15 de Julho

Assentamento Vale da Esperança

17

13

Escola Municipal Euclides Wicar de Castro P. Pessoa

BR 020 – Km 123  Povoado JK

Fone 3689 1133

10

 

 

                                                       TOTAL

494

 

 

 

 

Fotos do Encontro de EJA - Maio de 2009

Clique aqui e veja as fotos do Encontro de EJA de Formosa

Históricos dos Assentamentos de Reforma Agrária em Formosa

Comunidades Assentadas e Acampadas nas Fazendas próximas a Cidade de Formosa.

Comunidade Vale da Esperança

O acampamento Vale da Esperança, localizado a 76 km de Formosa-GO foi formado no ano de 1996 com a chegada de aproximadamente 60 famílias trazidas por caminhões de Cabeceiras – GO e instaladas nas margens do rio Ribeirão entrada do atual assentamento. Após oito dias de acampamento chegaram ao mesmo local outro grupo de pessoas vinculadas ao MST. Porém, devido à falta de entendimento entre os dois grupos eles se dividiram em um grupo vinculado ao MST e o outro ao Sindicato dos trabalhadores Rurais (STR).
Após dois meses o acampamento já contava com mais de 540 famílias todas elas organizadas entre MST e STR. Mas atualmente vivem 178 famílias no assentamento.
O acampamento persistiu por um período de dois anos e meio até que o INCRA realizou o sorteio das parcelas de terra da fazenda ocupada. Após a divisão as famílias ocuparam imediatamente as suas respectivas parcelas, mas passaram por muitas dificuldades devido à falta completa de infra-estrutura. Somente depois de alguns meses os moradores receberam os primeiros incentivos para o plantio e créditos destinados a habitação.
Durante o acampamento foi realizada a divisão de grupos, setores e comissões com tarefas e atribuições dentro do acampamento. Com isso, havia um grupo responsável pela segurança, pelas negociações, pela educação, pela saúde e outros. Após a constituição do assentamento essa mesma organização permaneceu, mas a falta de união e os constantes desentendimentos dissolveram muitas equipes. Nesse sentido, fica evidente a perda para todos os moradores do assentamento. O problema da convivência é enfrentado pelos assentados. Por outro lado, observa-se forte espírito coletivo entre os membros do assentamento.
No início do assentamento existiam duas associações sendo elas a Associação dos Produtores Rurais do Assentamento Vale da Esperança (APRAVALE) formada por membros do STR e a Associação dos Produtores Rurais Vale da Conquista (APRAVAC) pelo MST, atualmente existem quatro associações no total e a Cooperativa Mista Vale da Esperança (COOPERVAL), fundada em 2008. As associações se reúnem uma vez por mês e a cada dois anos tem eleição para presidente.

As escolas:
Colégio Estadual Vale da Esperança - Está localizado no assentamento Vale da Esperança, município de Formosa-GO. A escola funciona no mesmo espaço físico da escola Municipal.
Após a formação do acampamento na fazenda Vale da Esperança os trabalhadores procuraram a escola mais próxima para matricular as crianças do ensino fundamental, porém o pedido de matricula foi recusado sob o argumento de que os alunos eram filhos de sem terras. Com isso, a equipe responsável por negociação procurou ajuda do INCRA nesse sentido. Mas a secretaria de educação do município respondeu ao pedido da mesma forma. Assim, somente depois de buscar apoio de parlamentares da região é que as matriculas foram efetuadas.
Depois desses eventos as crianças com idade entre 7 e 14 anos se deslocavam diariamente até a Escola Municipal Fazenda Água Doce, localizada na fazenda Água Doce distante do acampamento Vale da Esperança. Além de enfrentar o transtorno da distância diária até a escola as crianças ainda eram expostas ao preconceito dado às suas origens. Diante disso mais uma vez os acampados reivindicaram o direito de ter uma escola dentro da área do acampamento. Dessa forma e após várias reuniões com as autoridades competentes do município eles conseguiram que as séries iniciais do ensino fundamental (1º a 4º) fossem ministradas dentro do Vale da Esperança. As instalações da escola eram improvisadas e tinha apenas duas salas e uma cozinha.
Mas os moradores do Vale da Esperança não estavam satisfeitos apenas com a escolaridade de 1º a 4º série, pois muitos jovens estavam fora da escola e outros tinham que ficar na cidade para conseguir estudar. E novamente inicia uma longa jornada de reuniões, audiências, mobilizações em órgãos públicos para conseguir a implantação das séries finais do ensino fundamental. Foi conseguido o funcionamento da escola como salas anexas ao colégio Santa Rosa. A construção do ambiente físico ficou por conta dos moradores que contribuíram com madeira, recursos para comprar telhas, cimento, areia e pagar a mão de obra.
Para conquistar a autorização de construção do Colégio Estadual Vale da Esperança foi necessária uma mobilização em frente à prefeitura municipal de Formosa. Os educadores que lecionavam no assentamento passaram a dar suas aulas embaixo de uma árvore na Praça Rui Barbosa em frente à prefeitura. Essa reinvidicação dos trabalhadores foi atendida no ano de 2004.
A escola tem 230 alunos, funciona no período vespertino e noturno, ministra o ensino fundamental completo e ensino médio.
O espaço físico da escola dispõe de 5 salas de aula, 1 sala de coordenação, 1 laboratório de informática, 1 cantina, 2 depósitos, 2 banheiros, 1 campo de areia, 1 amplo pátio e varandas. Os espaços externos são mais aproveitados pelo diurno devido à falta de iluminação à noite.
O corpo docente é formado por 7 educadores, sendo 2 efetivos e os demais com contrato temporário de três anos. A escola conta com mais 9 funcionários todos eles com contrato temporário.
Existe conselho escolar, mas a participação dos pais e alunos é praticamente nula. Também tem conselho municipal, mas não é do conhecimento da escola a participação de um representante do assentamento.
Não existe grêmio escolar, mas os estudantes se unem na organização de eventos, torneios, festas e outros.
A escola tem projeto Político Pedagógico e os alunos tiveram acesso ao documento. No entanto, foram constatados alguns erros tais como a história de origem do lugar e a descontextualização da realidade dos educandos.
O objetivo da educação oferecida pela escola Estadual Vale da Esperança é o de preparar cidadãos aptos para a vida social e profissional, além de conscientizá-los para uma visão ampla e integrada de mundo.

Comunidade de Virgilândia

O assentamento Virgilândia iniciou no ano de 1996 com a formação de um acampamento que reunia 252 famílias com o objetivo de reivindicar junto ao INCRA uma fazenda com mais de 16.000 hectares de terras improdutivas.
Mas foi somente em 2002 que as famílias do acampamento foram contempladas com o parcelamento da fazenda. O nome Virgilândia foi dado em homenagem ao primeiro dono das terras.
O Assentamento está localizado a 100 km do Município de Formosa, sendo 27 km de estrada de terra e o 73 km de asfalto. Porém em ambos os trechos as condições de tráfego é precária devido às más condições da estrada.
A comunidade conta com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), FETADEF, SINTAF, FETRAF, ECODATA e Agência Rural.

As escolas:
No assentamento Virgilândia existem duas escolas: Escola Municipal Santo Antônio das Palmeiras e o Colégio Estadual Assentamento Virgilândia. As duas escolas utilizam o mesmo espaço físico. A primeira ministra a educação Infantil e o ensino fundamental completo e é mantida pela Secretaria Municipal de Educação. A Segunda ministra o ensino fundamental do 6º ao 9º ano e o ensino médio completo. Foi inaugurada em 2003 para atender apenas o ensino fundamental, mas em 2005 ampliou o atendimento para o ensino médio noturno.
A primeira escola Municipal Santo Antônio das Palmeiras foi construída em 1990 no Distrito de Santo Rosa, mas com o surgimento do assentamento Virgilândia, em 1996, houve uma grande demanda de alunos que tinham que se deslocar 18 km diariamente até chegar à escola. Com isso, a professora foi transferida para a sede do assentamento e a escola passou a funcionar em instalações improvisadas na sede do Miguel.
No ano de 2001 foi aprovada a construção de uma escola com 4 salas de aula, 2 banheiros, 1 sala para secretaria, 1 sala para administrativo, 1 sala de professores, cozinha, depósito, alojamento para professores e 1 área de circulação.Em 2003 ela foi inaugurada para atender a educação infantil e o ensino fundamental. Em 2004 a escola ganhou mais 4 salas de aula devido a demanda crescente de alunos.
A escola municipal atende 180 alunos funciona no turno matutino e vespertino. A Estadual tem 173 alunos e funciona no período matutino, vespertino e noturno. As duas escolas atendem um total de 353 alunos do ensino regular e mais 19 alunos do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA).
A escola municipal tem cinco professores, um diretora, dois vigias e cinco funcionários que são responsáveis pela alimentação e limpeza da escola. Todos os funcionários são efetivos, exceto um vigia.
A escola do Estado tem 10 professores, dois coordenadores pedagógicos, um diretor, um vigia e três auxiliares de limpeza. Na escola estadual tem mais rotatividade de professores e coordenadores porque apenas quatro deles são efetivos. Do conjunto de professores dois tem pós-graduação, três tem graduação e cinco está cursando os demais tem ensino médio.
O colégio Estadual tem um conselho escolar formado há dois anos, as famílias fazem parte do conselho, mas não são convidadas para participarem dos processos de tomada de decisão na escola. A escola municipal não tem conselho escolar. Nas escolas não existem formação de grêmios ou qualquer outra forma de organização dos estudantes.

Comunidade Palmeiras II

A comunidade Rural Palmeiras II está localizada no município de Formosa a uma distância de 57 km da cidade. Nessa comunidade residem 46 famílias, dentre estas apenas cinco não estão efetivamente assentadas.
As primeiras famílias que chegaram a Palmeiras II foram apoiadas pelo sindicato dos trabalhadores rurais de Formosa-GO. Foi o Sr. Antônio Alves de Carvalho, um dos líderes sindicais, que informou ao Sr. Geraldo Natal de Oliveira sobre as negociações entre o INCRA e os donos da fazenda Palmeiras II. A fim de garantir que as famílias fossem contempladas com a terra foi criada uma comissão de representação da primeira comunidade do assentamento. Essa comissão tinha por função cuidar dos interesses da comunidade e buscar recursos juntos aos órgãos competentes para atender aos assentados.

As escolas:
Escola Estadual Leônidas Ribeiro Magalhães / Escola Municipal Isolada Fazenda Palmeira II
A escola é motivo de muito orgulho para todos os moradores do assentamento, pois sua construção foi resultado de lutas promovidas pela comunidade. Inicialmente a escola era apenas a sombra do pé de pequizeiro, mas atualmente nesse mesmo local está construído um prédio visivelmente mais confortável e bonito.
A escola atende alunos do assentamento e também de comunidades vizinhas, tem no total 183 alunos. Sendo 127 alunos do ensino fundamental e 56 do ensino médio.
O corpo docente é formado por nove professores, além de mais três funcionários que ajudam na organização do ambiente escolar. Os professores da escola não são efetivos. A escola não tem um diretor porque ela é uma extensão da escola Estadual Leônidas Ribeiro Magalhães. Inclusive esse é um motivo de reivindicação da comunidade já que a escola possuí um número de alunos suficiente para se tornar independente. Além disso, a comunidade pleiteia uma escola com um espaço para biblioteca, sala de computação e uma quadra poliesportiva.
A escola não tem conselho escolar, este só formado nas outras escolas a ela associada. A escola também não tem projeto Político Pedagógico, inclusive a coordenadora demonstrou na entrevista que o documento não é familiar.
Ademais, a coordenadora afirmou na entrevista que o objetivo da escola é formar jovens para a vida na cidade. Tal afirmação revela que a escola não tem incorporados os princípios abordados pela licenciatura em educação do campo. Esse foi o principal problema diagnosticado na escola do assentamento Palmeira II.

Comunidade Brejão

A área total do assentamento é de 1206 hectares, nele residem quarenta e nove famílias. O assentamento foi formado há dez anos, mas no início o INCRA encontrou algumas dificuldades para comprar a fazenda da família até então proprietária da fazenda, mas felizmente no final deu tudo certo.
Desde a sua formação até agora muitas mudanças foram feitas, no início do assentamento toda a paisagem era de cerrado e taquaris, mas agora tem muitas pastagens, lavouras e reservas. A comunidade é um local organizado e observa-se uma harmonia entre os moradores, pois não há contendas entre as pessoas que moram aqui. Os moradores da comunidade têm suas próprias casas com água e luz instalados. A comunidade conta com igrejas evangélicas, católicas e um prédio escolar.
No que diz respeito aos aspectos culturais predomina a fogueira de São João e as rezas no dia Santo Antônio e Santa Luzia.
A escola:
Em 1999 foi enviado um ofício a prefeitura solicitando a construção de uma sala de aula, mas a prefeitura garantiu apenas a contratação do professor, ou seja, a construção do espaço físico da escola estava sob o encargo da comunidade. Dessa forma foi construída uma sala com telhas de amianto, paredes de tábua e chão batido. A escola começou a funcionar em 2000 com 28 alunos matriculados nas primeiras séries do ensino fundamental (1º a 4º).
Em 2002, essa escola foi transferida para as instalações da associação, pois não comportava mais a quantidade de alunos. Nesse mesmo ano o município destinou uma verba para a construção de uma unidade escolar no assentamento, uma vez que a demanda era grande. Em 2003 a escola foi inaugurada com 02 salas de aula, 01 cozinha, 03 banheiros e 01 depósito. Mas o crescimento do número de alunos forçou, em 2005, a ampliação da escola com mais três salas de aula. Em 2007 a escola ganha novamente mais três salas para atender os alunos do ensino médio.
Atualmente, a escola atende mais de 70 famílias e o transporte dos alunos até a escola é feito por meio de um ônibus escolar e três vans.
A escola tem 300 estudantes divididos entre as séries iniciais do ensino fundamental garantido pelo município e as séries finais do ensino fundamental e ensino médio assegurados pelo estado. A rede municipal funciona no matutino e o estadual no vespertino.