Relatoria do GE 4: EJA e Economia Solidária

Relatoria do GE 4 – EJA e Economia Solidária
Relator: Lucillo de Souza Junior
Iniciamos o trabalho com um esclarecimento sobre o que é a Economia Solidária, o surgimento do Fórum Capixaba e de empreendimentos existentes na Grande Vitória.
• A Economia Solidária propõe um novo modo de consumo, produção e de trabalho (trabalho  emprego) que visa o trabalho coletivo com a potencialização das pessoas e o fortalecimento das comunidades. A Economia Solidária gera trabalho e não emprego.
• No Espírito Santo, o Fórum de Economia Solidária surge após o Fórum Social Mundial de Porto Alegre – RS em 2001.
• Foram citados, como exemplo de empreendimentos solidários, o Banco do Bem (Morro do São Benedito) e Banco Terra (Grande Terra Vermelha) e os grupos existentes na região do morro de São Benedito. Além disso, foram discutidas as mudanças existentes nos participantes destes grupos.
E passamos a falar das dificuldades encontradas no trabalho com Economia Solidária, que são:
• A auto-gestão mostra que todos são donos dos meios de produção e que as decisões são coletivas. Por motivos históricos, é real a dificuldade dos membros destes empreendimentos de lidarem com esta forma de gestão proposta, já que foram preparados a terem um patrão.
• A baixa escolarização dos integrantes dos grupos é um problema, pois interfere em várias tarefas, desde a anotação de horas trabalhadas à confecção do preço de custo de um produto.

Após o primeiro momento passamos a discutir duas perguntas:
1) Que desafios se colocam para a EJA ajudar a construir um novo ator econômico consciente de seu papel na transformação da sociedade?

• Inserir o conceito de Sociedade Solidária nas atividades escolares;
• Iniciar um processo de sensibilização para a Economia Solidária;
• A criação de grupos de estudo em Economia Solidária.
• Trazer, para a escola, a discussão e trabalhos de grupos da Economia Solidária;
• Trabalhar o aluno como ser humano integral e não apenas o lado intelectual.

2) Como a EJA pode contribuir com esse processo da Economia Solidária?
• A escola tem que fazer a atribuição de sentidos para os alunos;
• Levar a escola aos empreendimentos solidários e não o aluno à escola;
• Respeitar e flexibilizar os tempos dos alunos;
• O Educador deve começar a exercer seu poder de influência perante seu grupo de trabalho.

Algumas falas dos participantes:
“Devemos Ter coragem de romper com os valores de capitalismo”
“Sobrevive o que melhor coopera”
“Trabalhar de uma outra forma os conteúdos escolares para romper com a lógica do capitalismo”