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MOVA e Fórum Paulista de EJA tiveram audiências com o Secretário Municipal de Educação de São Paulo

Encontros resultaram em insatisfação por parte de educadores e promessa de estreitamento de diálogo com a gestão municipal

Inicialmente marcadas para outubro, as audiências realizadas em 07/11 tiveram o intuito de questionar a atual gestão da SME-SP e sua equipe sobre as políticas municipais de alfabetização e EJA. Essa discussão adquiriu extrema importância principalmente devido ao cenário de queda no número de matrículas e à significativa proporção de evasão de estudantes dessa modalidade.

A reunião com o MOVA-SP foi marcada pela insatisfação dos educadores em relação ao reajuste de 9,6% no valor do repasse de recursos dos convênios, abaixo dos 14% esperados (já que não houve reajustes em anos anteriores). Além disso, os representantes do MOVA-SP levantaram a necessidade de se estabelecer estratégias intersetoriais (de formação profissional, por exemplo) e ações de saúde ocular, merenda escolar e livro didático,  articuladas às ações de alfabetização e de educação básica de jovens e adultos.  

Os representantes do fórum destacaram que as respostas dadas claramente repetiam as equações políticas adotadas nas últimas gestões - sem esboçar uma possível quebra da tendência de diminuição das matrículas na modalidade. O Secretário Callegari apontou que a SME-SP considera a queda do número de pessoas jovens e adultas matriculadas na modalidade como fruto da inadequação das formas de atendimento. Por isso, a articulação das cinco formas de atendimento (MOVA, EJA convencional e modular nas escolas da rede municipal, CIEJAs e CMTC) será um dos principais temas a serem desenvolvidos pela DOT EJA em 2014.

Tendo em vista a pouca disposição da SME-SP em realizar chamada pública efetiva e censo específico, foi sugerida a realização de uma experiência-piloto de censo educacional específico em uma Diretoria Regional de Educação (DRE) do Município de modo a compreender as reais demandas em termos de alfabetização e EJA. Representantes do Fórum argumentaram ainda que a queda no número de matrículas pode ser rompida por meio de estratégias simples como, por exemplo, o projeto Seja da EJA realizado pela SME-SP de Santos. Essa experiência derrubou essa tendência nesse Município por meio de medidas como sensibilização de empregadores para incentivar seus empregados a voltarem aos estudos.

Ao final da reunião, levando em consideração o interesse na continuidade do diálogo, o Fórum EJA comprometeu-se a enviar um anteprojeto do projeto-piloto de recenseamento da demanda educacional de jovens e adultos. Além disso, foram apontados canais de diálogo que serão estreitados, sobretudo, em 2014, quando será formado um grupo de trabalho (GT) que discutirá e monitorará as ações relacionadas à EJA previstas no Programa Mais Educação São Paulo.