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Produção Alagoana - Trabalhos de Alunos/Professores no Congresso Acadêmico de 2009

Levantamento realizado por Elisângela Silva de Jesus

CONGRESSO ACADÊMICO 2009
TRABALHOS APRESENTADOS
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ORIENTAÇÃO SEVUAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PERSPECTIVAS E DESAFIOS.
PRISCILA SIBELLY SILVA MUNIZ
ANA PAULA ARAÚJO DA SILVA
SUELE REGINA SILVA PINHEIRO
MARIA HELENA FERREIRA PASTOR CRUZ

Este trabalho é resultado da necessidade que normalmente os jovens encontram ao longo da vida escolar, em aceitar ou mesmo compreender as mudanças ocorridas com o corpo. Em se tratando do trabalho com jovens e adultos, por mais que essas mudanças já tenham ocorrido, ficam as marcas da falta de informação e os questionamentos quanto a essas mudanças e como viver a sexualidade de forma natural, saudável e com responsabilidade.

Palavras-Chave: Orientação Sexual; Educação de Jovens e Adultos e Responsabilidade e saúde.

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EXPERIÊNCIAS: BUSCANDO OBSERVAR OS SABERES DOS ALUNOS DO 1º SEGMENTO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
MONYQUE KELLY MOURA SILVA
EDJANE DA SILVA FEITOSA

O trabalho apresentado irá ressaltar a educação de jovens e adultos (EJA) em relação aos conhecimentos dos sujeitos desta modalidade e a forma como os educadores desta área ministram suas aulas citando algumas observações realizadas a salas de aula que comportam alunos que estão cursando o 1º segmento desta educação. Estas observações irão frisar alguns casos de infantilização do ensino da EJA por parte dos educadores. No decorrer do escrito encontra-se informações a respeito da cultura dos alunos e sua importância para o processo de ensino e aprendizagem. Esses saberes partem das suas experiências e do seu meio social que apresenta diferentes costumes, hábitos e valores. Trazendo ainda informações a respeito de como de fato deve ocorrer o processo educativo e como os professores devem ministrar suas aulas, levando em consideração as especificidades culturais de cada aluno e a dialogicidade citada por Paulo Freire.

Palavras-Chave: observação; saberes e discentes.

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A EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS: UM DIREITO SILENCIADO.
KARLA DE OLIVEIRA SANTOS

O presente trabalho objetiva trazer a discussão do direito à educação para os jovens e adultos,almejando propor o reconhecimento do direito à educação para os jovens e adultos, não de forma compensatória e aligeirada ,mas como um direito que não pode mais ser protelado e silenciado, precisa ser garantido. A educação de jovens e adultos, como um direito não-dado, mas arrancado do chão, não pode mais escapar das mãos dos que por ele têm despendido a vida (PAIVA, 2006).

Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos; Direito e Educação/Escolarização
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A CONTRIBUIÇÃO DA CULTURA ANTROPOLÓGICA NO PROCESSO DE SUPERAÇÃO DA PERCEPÇÃO INGÊNUA À CONSCIENTIZAÇÃO DOS SUJEITOS DA EJA
DALVA DE OLIVEIRA COSTA PEREIRA

Em Educação como Prática da Liberdade, especificamente no capitulo IV Freire relata sua atuação como coordenador do Projeto de Educação de Adultos responsável pela criação de duas instituições de educação e de cultura popular: o Circulo de Cultura e o Centro de Cultura em Recife nos idos de l960, período que antecedeu o Estado ditatorial, impetrado pelos militares e elite conservadora brasileira. Esse momento histórico, memorável foi marcado por intensa mobilização popular de postura antiimperialista, com a participação dos trabalhadores rurais organizados via Ligas Camponesas, dos trabalhadores urbanos através dos sindicatos. Esses atores sociais realizaram mobilizações grevistas, campanhas contra a desnacionalização da economia, em defesa da democratização e das reformas de base; num contexto favorecido pela ambigüidade de um governo nacional populista. (MENDONÇA, 2001 p. 18-19). Neste cenário, evidencia-se a presença do Movimento de Educação Popular (MEP), o qual representou uma grande mobilização democratizadora da cultura já registrado pela história brasileira. Este movimento foi Idealizado pelos intelectuais: artistas, universitários e políticos brasileiros, que desenvolveram uma ação político educativa com a população adulta não alfabetizada, objetivando promover o acesso efetivo desses sujeitos na vida cultural e política do país. O referido movimento contribuiu também com o resgate e valorização da cultura autenticamente nacional e foi formado por diferentes grupos de ação político pedagógica: o Centro Popular de Cultura criado pela (UNE), Ação Popular, partido político ligado a Ação Católica, o Movimento de Educação de Base criado pela (CNBB), o Movimento de Cultura Popular de Recife e a Campanha de Pé no Chão Também se aprende a Ler ambos coordenados por Paulo Freire. (BRANDÃO, 2002, p. 31).
Palavras-Chave: Cultura antropológica; Educação e Movimento de educação popular.

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A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO CONTEXTO DA DIVERSIDADE: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA UM CURRÍCULO MULTICULTURAL.
KARLA DE OLIVEIRA SANTOS
EDNA CRISTINA DO PRADO

A Educação de jovens e adultos é detentora de uma grande diversidade, são escalas de valores, comportamentos, atitudes, culturas e saberes, devendo-se abrir condições de incorporação da pluralidade de seus sujeitos no currículo escolar, que em muitas vezes é desvalorizado e desrespeitado pelo currículo oficial Há uma emergência, em se discutir o papel da educação e do currículo na formação de futuras gerações, nos valores de apreciação à diversidade cultural e desafio a preconceitos a ela relacionados, obtendo um olhar crítico para os sujeitos da EJA, compreendendo sua complexidade e sua diversidade sociocultural.

Palavras-Chave: educação de jovens e adultos; diversidade e currículo.
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A DIVERSIDADE CULTURAL DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E A FORMAÇÃO DE UM CURRÍCULO MULTICULTURAL
KARLA DE OLIVEIRA SANTOS
EDNA CRISTINA DO PRADO

É mister compreender a Educação de Jovens e Adultos-EJA em uma perspectiva intercultural, reconhecendo a diferença como riqueza humana e potencializadora de enriquecimento pessoal e social. O desafio está na formação de um currículo multicultural que atenda à essa multiplicidade, obtendo um olhar crítico para os sujeitos da EJA, compreendendo sua complexidade e suas especificidades.

Palavras-Chave: educação de jovens e adultos; currículo multicultural e diferença.

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SINGULARIDADES EM MANUSCRITOS DE ALUNOS DE EJA: DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE RUPTURAS EM SINTAGMAS NOMINAIS
EUDES DA SILVA SANTOS
EDUARDO CALIL

O nosso trabalho tem como objetivo analisar rupturas sintáticas em manuscritos de alunos recém-alfabetizados, de uma turma do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola pública de Maceió – AL. Esses manuscritos foram escritos a partir de propostas de produção de textos em dupla, inseridas em um projeto didático sobre “contos de assombração”, desenvolvido pela professora junto a seus 24 alunos, durante o ano letivo de 2006. Recolhemos 198 manuscritos, compostos por reescritas, histórias inventadas e descrições de personagens de assombração. Sobre esse corpus identificamos aqueles enunciados que apresentavam rupturas sintáticas singulares (CALIL, 2004). Assumindo o quadro teórico aberto por Lemos (1997, 1998, 2002, 2006a e 2006b) considerando os processos metafóricos e metonímicos como motor do funcionamento lingüístico-discursivo, iremos descrever e analisar as manifestações daqueles enunciados que trazem rupturas na cadeia sintagmática, particularmente aquelas que incidem sobre a estrutura do sintagma nominal. Nossos resultados indicam que a emergência dessas rupturas está relacionada tanto ao funcionamento equívoco da língua (MILNER, 1987) quanto ao que Lemos define como 2ª posição subjetiva, em que há uma preponderância do pólo da língua, iniciada pelo amálgama e cruzamento de estruturas lingüísticas que rompem com o estabilizado, com o previsível e diante do qual o sujeito (scriptor) não tem “escuta”, não reconhecendo no que escreveu qualquer estranhamento. Apesar de suas manifestações nesses manuscritos escolares serem em pequeno número, característica inclusive daquilo que pode ser interpretado como singular, eles contribuem para o fortalecimento da hipótese de que existe captura do sujeito pela língua, colocando-o sob os efeitos das múltiplas e indeterminadas relações entre as formas significantes
Palavras-Chave: Manuscrito; singularidade e ruptura

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TECENDO ALGUMAS REFLEXÕES EM BUSCA DE UM CURRÍCULO MULTICULTURAL PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
KARLA DE OLIVEIRA SANTOS

O ensaio parte da inquietação de considerar os educandos da Educação de Jovens e Adultos sujeitos multiculturais, mas infelizmente essas questões são tratadas de forma folclórica ou exótica, não dando visibilidade nas práticas curriculares. O currículo torna-se um território a ser contestado,onde estão implicadas relações de poder, categórico para o processo de formação de subjetividades sociais. Nosso objetivo é trazer algumas reflexões e argumentações acerca da formação de um currículo multicultural para a EJA, partindo do cenário de constituição da(s) diversidade(s) cultural (s) e do currículo como protagonista dessa tessitura.

Palavras-Chave: educação de jovens e adultos; currículo e multiculturalidade.

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PEDAGOGIA DA TELE-SALA: PROPOSTA DE DISSOLUÇÃO DA EJA
ANDRÉIA GIORDANNA ARAÚJO DA SILVA
ANA MARIA GAMA FLORENCIO

As políticas neoliberais adotadas pelos governos brasileiros nos anos de 1980 e 1990 e a influência das agências credoras internacionais, no encaminhamento das diretrizes e ações internas, na perspectiva de “otimização” e redução dos gastos públicos, resultaram em reformas estruturais e administrativas no âmbito educacional. A prioridade escolar restringiu-se à expansão e universalização do Ensino Fundamental. Para a oferta das outras modalidades da Educação Básica, que não foram contempladas no FUNDEF, os estados e municípios foram forçados a criar fontes de financiamento e ações pedagógicas alternativas (FONSECA, 1998). Em 1995, o MEC faz uma chamada aos Estados, reivindicando medidas de correção de fluxo escolar. Coagidos a cumprir com a obrigatoriedade e angariar fundos para oferta do Ensino Médio da EJA, os Estados acabam optando pela integração no Programa de Aceleração da Aprendizagem ou pela utilização de recursos da alienação de bens públicos, ou seja, uso dos fundos produzidos pela privatização de estatais. Com um elevado índice de jovens e adultos “retraídos” no processo de escolarização e um reduzido potencial de financiamento educacional, os estados e municípios buscam nas parcerias a saída para a implantação de projetos e programas de EJA, apresentando-se a “pedagogia da tele-sala” como uma forma “barata”, imediata e extensiva de promoção de escolaridade às pessoas jovens e adultas. O uso do termo “pedagogia da tele-sala”, como referência aos projetos educativos que se utilizam do aporte político-pedagógico do Telecurso 2000, nos parece pertinente, devido ao seu caráter formativo diretivo: qualificar para o mercado de trabalho formal e pela a amplitude de incorporação do produto Telecurso 2000, nas práticas pedagógicas da secretarias estaduais e municipais de educação, no Brasil. Como ação pedagógica, ou seja, ensino sistemático e objetivado, o Telecurso 2000, vai caracterizar-se, segundo um estudo realizado por Tatiana Wendorff (2004) sobre “as representações acerca do trabalhador”, projetadas na tele-aulas, como um mecanismo de instrução para atuação mercado flexível.

Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos; Ensino Médio e Políticas Públicas.

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A(S) DIVERSIDADE(S) CULTURAL(IS) NO LIVRO DIDÁTICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
DEISEANE LOUISE SANTOS OLIVEIRA

A preocupação com a temática parte das inquietações do grupo de pesquisa, no qual estamos inseridos, vinculando-se a necessidade de dar continuidade e amplitude a outras investigações em curso, voltando-se o olhar epistemológico para as práticas de letramento escolar desenvolvidas por alunos e professoras. Os sujeitos dessas práticas apresentam diversidades socioculturais as mais variadas e complexas. Estão inseridos em um Estado nordestino caracterizado pelas extremas desigualdades econômico-sociais, exclusões perversas, desemprego estrutural, hierarquias que provocam a exploração, dominação e subordinação. A investigação, alvo do presente relatório, continuou tentando responder a questão que permeia a pesquisa ao longo desses três últimos anos: Como as diversidades sócioculturais dos alunos do 1º Segmento do Ensino Fundamental da Educação de Jovens e Adultos são tratadas nos gêneros textuais contidos nos LD? No primeiro semestre foi realizada a investigação de campo através de observações das práticas de letramento em uma classe de 3ª fase do 1º segmento do ensino fundamental de EJA em uma escola pública da rede municipal em um bairro da periferia de Maceió pertencente a Secretaria de Educação do Município de Maceió - SEMED. As observações confirmaram a inquietação do grupo de pesquisa, considerando que os materiais didáticos utilizados pela professora fugiam da realidade dos alunos, uma vez que esta os utilizava apenas como pretexto para trabalhar leitura e interpretação voltadas ao estudo dos aspectos gramaticais. Identificou-se que na ausência do LD as aulas se resumiam também em leitura e interpretação de outros textos, ao invés de abordar as maiores dificuldades apontados pelos alunos, tais como: Produção de texto; leitura e interpretação de textos de forma reflexiva; discussões sobre assuntos políticos, econômicos, socioculturais da atualidade que tanto os alunos vivenciam como forma de conscientização e esclarecimento da realidade. Concluída a primeira

Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos; Práticas de Letramento e Gêneros Textuais.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: DESVELANDO DISCURSOS, BUSCANDO CAMINHOS
ANA PAULA ARAUJO DA SILVA

Este projeto integra o grupo de pesquisa Políticas Públicas, e Discurso que compõe a linha de pesquisa História e Política da Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação do CEDU, da Universidade Federal de Alagoas. Tem por objetivo dar continuidade a uma investigação acerca das políticas públicas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), no Estado de Alagoas, mediante análise dos discursos dos professores, considerando as marcas que evidenciam sua formação, o lugar social de onde falam e como veem o aluno trabalhador. O referido estudo se propõe a contribuir para o desenvolvimento de uma prática pedagógica eficaz, na perspectiva do aluno trabalhador, uma vez que, segundo a proposta curricular do MEC, “a quase totalidade dos alunos desses programas, incluídos os adolescentes, são trabalhadores”. Nossa pretensão, através do presente projeto, é averiguar até que ponto os discursos dos professores se dão na direção de formar os alunos como cidadãos transformadores na e da sociedade onde se inserem, ou revelam-se preconceituosos e excludentes. Assim sendo, o citado projeto pretende mapear e analisar os processos de significação correntes nos citados discursos, buscando as condições de produção que os sustentam e dão lugar a práticas que, na maioria das vezes, não contribuem para a inserção desses alunos no mundo do trabalho, mediante o domínio de “instrumentos básicos da cultura letrada, que lhes permitam melhor compreender e atuar no mundo em que vivem”. (MEC, 2000, p.24)

Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos; Políticas Públicas e Discurso.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: DESVELANDO DISCURSOS, BUSCANDO CAMINHOS
SUELE REGINA SILVA PINHEIRO

Pensar a Educação de Jovens e Adultos é uma missão árdua, e que implica a necessidade de ter seu reconhecimento tão intensificado quanto às demais modalidades de ensino da educação. Ao longo do desenvolvimento do projeto, nos debruçamos sobre uma gama de conhecimentos para além dos encontrados nos estudos bibliográficos, uma vez que, o confronto com a realidade, tanto de alunos, como de professores da EJA, nos foi possibilitado a partir das constantes visitas à escolas da rede estadual de ensino. Essa experiência permitiu-nos um olhar diferenciado acerca dos estudantes-trabalhadores; mais que um olhar humanizado sobre eles, permitiu-nos a revelação, ainda que muitas vezes silenciosa, de homens e mulheres fadados ao conformismo, de jovens descontentes com o tipo de educação que acessam, seja esse descontentamento expresso pelos olhares apáticos lançados ao vazio. O projeto versou alternativas de luta para a transformação da realidade, e teve como objetivo contribuir para a formação continuada ao educador de EJA, visando à consequente melhora da qualidade na educação do estudante-trabalhador. Nesse sentido, a prática de produções textuais, os encontros na escola, bem como o registro de seus discursos acerca da EJA possibilitou certa intimidade a ponto de proporcionar discussões para a transformação conjunta do cenário educacional, superando os limites do não-conhecimento pedagógico, para uma práxis contemplativa dos direitos do estudante da EJA.

Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos; Políticas Públicas e Discurso.

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