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Avaliação da Oficina

A Oficina do Almanaque do Aluá dinamizada por mim e Alex no dia 12 último me deixou bastante feliz vendo a presença de tantos educadores vinculados à alfabetização de jovens e adultos através dos movimentos sociais. O que mais me chamou a atenção foi o enorme envolvimento que todos demostraram durante a atividade, principalmente por se tratar de um sábado à tarde, horário em que todos nós temos tantos afazeres ligados a nossa vida pessoal.
Foi muito interessante observar que cada um dos integrates possui a seu modo uma relação de uso ou de saudade com almanaques, de uma maneira geral. Importante também foi perceber os diversos usos, desse tipo de material, que os trabalhos em grupo sinalizaram para nós. Longe de ser uma aula de como se deve usar o almanaque, a oficina pretende ser um momento em que se pára para apreciar, compreender a história e a motivação desse tipo de publicação e, acima de tudo mexer com a nossa cabeça para pensarmos juntos e trocarmos as diversas formas de utilização dessa material de leitura. Penso que na oficina de Brasília conseguimos deixar bem discutido a importância de promovermos a leitura em nossa sala de aula com o objetivo de provocar o desejo e o prazer de ler. Infelizmente, ao longo do processo de escolarização, nós educadores temos sido levados a oferecer a oportunidade de ler como pretexto para trabalharmos gramática, ortografia, ou na melhor das hipóteses esquartejar os textos para descobrirmos, tema, personagem principal, etc. Essas e outras atividades desenvolvidas pela escola a partir da leitura , nos afasta do prazer e nos fazem ler tendo em mente uma "ficha de leitura estereotipada" que não acrescenta muita coisa e nos afasta de viver a atividade como uma viagem a a mundos reais e imaginários, que é o grande "barato" da leitura.Agradeço mais uma vez a Maria Luiza Angelim pelo apoio e mobilização dos educadores para a oficina. Agradeço também aos educadores que estiveram conosco naquela tarde tão luminosa e espero que em muito breve tempo surjam outros Almanaques, nascidos de outras dinâmicas, que tragam para a nossa sala de aula uma prática de leitura comprometida com a criatividade e a possibilidade de reinventar as coisas boas da vida de pontos de vista diferentes, democraticamente.