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A Educação de Jovens, Adultos e Idosos na Base Nacional Curricular Comum (BNCC)

O Fórum Mineiro de EJA, discorda do Documento Base Nacional Curricular Comum (BNCC) quanto a sua concepção e quanto à metodologia que vem sendo utilizada para sua construção, de forma a torna-lo democrático e participativo e com garantia do direito ao respeito e reconhecimento das diversidades presentes na EJA.

Defendemos uma efetiva construção coletiva do Currículo; contando com a participação dos educandos, dos educadores, dos Movimentos Sociais, dos Fóruns de EJA do Brasil, da Educação Superior, do Ministério Público, dos gestores, das secretarias e ministérios que tem ações intersetoriais com a Educação de Jovens, Adultos e Idosos, enfim, daqueles que fazem a EJA. 

Defendemos que o movimento de construção se dê no próximo ano, no modelo das Conaes (construção municipal, estadual/distrital, regional, nacional; envolvendo todos os segmentos que fazem a EJA, sem que sejamos tratados na BNCC agora e somente incorporadas as deliberações depois de um ano deste processo, com garantia do encaminhamento das deliberações ao final do mesmo ao Conselho Nacional de Educação.

Defendemos construir orientações para políticas curriculares pautadas nos princípios da Educação Popular, com a intenção de se contrapor às concepções políticas e curriculares demonstradas no Documento Preliminar da Base Nacional Curricular Comum, visto que esta não contempla os princípios e especificidades da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, pois a organização de tempos e espaços pedagógicos da EJA pressupõem o diálogo e o respeito às identidades expressas na diversidade dos sujeitos. 

Defendemos evidenciar referências para a construção da identidade pedagógica da EJA em diálogo com a Educação Popular. 

Defendemos a formação inicial e continuada dos educadores e dos gestores sobre as experiências de políticas públicas fundamentadas em Educação Popular no Brasil e na América Latina, reafirmando os princípios da Educação Popular que pautam a Educação de Jovens, Adultos e Idosos.

Temos como princípio a compreensão de que lidamos com TRABALHADORES QUE ESTUDAM e não com estudantes que, quando necessário, trabalham!

Tratamos do direito à educação de homens e mulheres, que tem identidade de classe, pois são pobres; que tem identidade de gênero, pois são maioria mulheres depois dos 30 anos e homens antes dos 29 anos; que tem identidade de raça, pois são negros em sua enorme maioria, indígenas e brancos.

Pela Base da EJA construída com a Participação Popular!!!