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Tese

A presente pesquisa, intitulada Tessituras da Pele: Juventudes, relações raciais e experiências sociais, a partir de repertórios conceituais interdisciplinares, localiza-se na interface dos campos de estudos sobre juventude e relações raciais. Assim, seu objetivo central é investigar as experiências sociais de jovens negros em relação aos seus processos identitários e de pertencimento racial na interação singular com os espaços de socialização e sociabilidades na região metropolitana de Florianópolis/SC. Quando nos voltamos para Santa Catarina, vamos (re)encontrar a experiência social da(s) juventude(s) negras(s) em face dos desafios impostos por desigualdades sociais combinadas com desigualdades raciais permanentemente a exigir capacidades adaptativas de indivíduos e de grupos. Como os sujeitos se movimentam neste cenário? Deste modo, analisa a heterogeneidade da experiência de constituir-se jovem - e negro/a - em um estado onde se concentra a menor densidade da população negra (10,6%) e onde os mecanismos ideológicos tenderam e persistem em reforçar a sua invisibilidade. Metodologicamente, com aproximações etnográficas, a pesquisa ancorou-se em narrativas de 6 (seis) sujeitos sociais  para focar a atenção sobre diferentes dimensões sociais: a diversidade dos arranjos familiares, os percursos referentes à escolarização, à constituição de trajetórias individuais e coletivas, ao mercado de trabalho, às sociabilidades, à religiosidade, às estratégias juvenis em face de discriminações. Para tanto, dialoga-se com repertórios analíticos e conceituais com Stuart Hall, Melucci, Dubet, Lahire, Santos e Scott. Como um de seus resultados, a pesquisa aponta para exigência da produção de conhecimento como estratégia para uma compreensão mais aguçada e refinada sobre as condições sociais complexas (freqüentemente impiedosas) relacionadas às experiências sociais do racismo como fenômeno onipresente na constituição dos processos identitários de jovens negros.
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