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Reunião da AT SC em Florianópolis

 Fonte:Julia Hardiman

Foi realizada no dia 16 de setembro a reunião da Agenda Territorial da cidade de Florianópolis, Santa Catarina, no auditório do Instituto Estadual de Educação, estiveram presentes, Secretários de Educação de municípios vizinhos, representantes de movimentos sociais, sistema S, da SED/SC, universidade, Secretaria Municipal de Florianópolis, fóruns sociais, educadores, estudantes, enfim educadores socialmente comprometidos com a EJA.

A reunião teve inicio às 14h30, com a abertura da Diretora de Educação Básica e Profissional/DIEB Gilda Mara Marcondes Penha, que relatou sua vasta experiência no campo educacional, tendo trabalhado desde salas multisseriadas, Ensino Fundamental, direção de escola, estando hoje em função administrativa na SED. Segunda a mesma, essa experiência, lhe possibilitou para o campo das políticas públicas uma visão bastante realista das práticas pedagógicas. Falou da importância da união entre as instâncias do governo relativas à educação e entre as varias modalidades e etapas educativas e se colocou à disposição para receber profissionais da EJA e da Agenda Territorial de EJA na secretaria.

Num segundo momento a Professora Regina Bittencourt coordenadora do Fórum Estadual de EJA e membro da Comissão da Agenda Territorial apresentou o histórico e as diretrizes da A.T. Situou também dados relativos ao aumento do número de idosos analfabetos e a diminuição do número de crianças e jovens na mesma situação. Esse fenômeno deve-se ao aumento da expectativa de vida da população e ainda a uma necessidade de investimento em políticas de EJA por parte da gestão pública.  

Na sequência foram apresentadas as 9 metas do Plano da Agenda Territorial (documento preliminarmente elaborado pela comissão catarinense e neste momento em debate e discussão nas reuniões que estão acontecendo em SC): 

1. Oferecer condições de acesso permanência e continuidade de escolarização.

2. Promover debates que viabilizem repensar/ implantar as formas de organização curricular da EJA.

3. Disponibilizar e garantir material didático, de apoio e tecnologias de informação e comunicação.

4. Repensar políticas de avaliação para a EJA que considerem que se está lidando com adultos e jovens a maioria já no mercado de trabalho.

5. Constituir e ampliar o quadro funcional (com professores efetivos, com formação e experiência na modalidade de EJA)

6. Oferecer formação continuada em serviço dos professores e outros profissionais que atuam na EJA.

7. Estabelecer políticas de formação em nível de graduação voltadas à EJA

8. Estabelecer políticas de formação continuada e pós-graduação para professores que atuam na EJA.

9. Criar políticas de incentivo e financiamento para a pesquisa sobre Educação de Jovens e Adultos no âmbito das diversas instituições de ensino.

Posteriormente foi apresentado pela Professora do curso de Pedagogia da UFSC, Maria Hermínia Lage Fernandes Laffin e também representante da Comissão da Agenda Territorial, um questionário para coleta de dados referentes à EJA, que tem como finalidade mapear a situação atual da EJA devido há ainda poucas bases de dados de coletas de informações sobre esta modalidade, que mapeiam dados diretamente na fonte. Este instrumento de coleta de dados está em processo de formulação coletiva e vem sendo avaliado nas reuniões da AT. O mesmo foi apresentado, discutido e alterado de acordo com as sugestões e demandas de educadores, professores e secretários que buscaram torná-lo o mais compreensível para quem irá preenchê-lo, e adequado à realidade vivenciada pelos mesmos na sua atuação na EJA.

Depois foi apresentado o programa “Brasil Alfabetizado/ Santa Catarina Alfabetizada”, pela Gerente de Educação de Jovens e Adultos/GEREJ, da SED/SC, membro da Comissão da Agenda Territorial, Elisabete Duarte Borges Paixão.  O programa visa assegurar aos jovens,  adultos e idosos o direito à alfabetização. Tem como metas para o período 2011/2012 matricular 30.000 alfabetizandos em 3.000 turmas, com a atuação de 3.000 alfabetizadores. Aos alfabetizadores será destinada uma bolsa de 250,00 reais para dez horas de aula. Foram apresentados também os recursos destinados ao projeto em Santa Catarina e sua destinação.

O encerramento foi um convite aos presentes representantes das iniciativas de EJA no Estado a conhecer os dados do analfabetismo por município e as metas para cada um e a se comprometer com elas e futuramente com proposta de continuidade de estudos para os estudantes que participarem do programa.