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RÁDIO AJUDA A EDUCAR QUEM VIVE NO INTERIOR

 

NO PARÁ - PROGRAMAS TRANSMITEM AULAS PARA OS QUE ESTÃO LONGE DAS FACILIDADES DO MUNDO MODERNO
 
As aulas pelo rádio, aos moldes das que eram incentivadas e mantidas pelo governo federal nas décadas de 60 e 70, sobrevivem nos rincões do Estado do Pará. Em comunidades onde a energia elétrica depende de geradores a diesel, onde internet e inclusão digital são termos desconhecidos pela maioria dos moradores, as ondas médias e tropicais ainda propagam lições do ensino básico. De Bragança, nordeste do Estado, uma rádio-escola tradicional, sustentada hoje sem a ajuda financeira do governo, transmite diariamente aulas para quem ainda não concluiu o ensino fundamental. O sinal da Educadora AM, na frequência dos 1390 KHz, é captado em duas dezenas de municípios da região bragantina e em parte do sudeste paraense. Os registros de alunos do Sistema Educativo Radiofônico de Bragança, o Serb, indicam que 95 mil pessoas cursaram e concluíram a primeira etapa dos estudos ouvindo as lições pelo rádio. A Educadora AM, aos 49 anos, coleciona histórias de vitória e superação. Entre os ex-alunos, estão empresários, políticos e professores.
Por décadas, o governo federal investiu em programas de educação à distância pelo rádio na tentativa de usar o meio de comunicação mais popular entre as comunidades rurais para levar o ensino a localidades em que o acesso a escolas era dificultoso. O mais conhecido deles foi o Minerva, criado durante o regime militar e mantido por mais de uma década em esquema de transmissão obrigatória nas rádios brasileiras. Voltado para a educação de jovens e adultos e com a meta de reduzir os índices de analfabetismo no interior do Brasil, o Minerva sucumbiu ao baixo índice de aprovação de seus alunos nos exames supletivos de capacitação. O programa didático simplificado e a falta de estrutura para o atendimento presencial dos alunos nas regiões norte e nordeste, ainda hoje as com maiores carências educacionais, sepultaram de vez o programa. Outras iniciativas, em nível regional, nasceram e definharam sem apoio, ao longo dos anos. A maioria delas perdeu espaço para a televisão e para métodos de ensino à distância baseadas em novos meio de comunicação. Os mais recentes, com o apoio do Ministério da Educação, baseiam-se em telecursos televisionados e em aulas transmitidas pela internet com interação entre alunos e professores.
 
Para mais informações acesse:
http://www.orm.com.br/oliberal/interna/default.asp?modulo=247&codigo=446549
 

Fonte: Portal ORM