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Dossiê contra Medeiros, ex-Seduc, vai ser entregue ao TCU e ao MPF

A diretora-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte) Odeni Silva veio à redação do 180graus acompanhado do presidente do conselho do FUNDEB no Piauí João Correia e anunciou que está preparando um verdadeiro dossiê a ser entregue para o Tribunal de Contas da União e do Estado (TCU e TCE) e para o Ministério Público Federal e Estadual (MPE e MPF).

Medeiros vai encarar dossiê feito por Odeni
Medeiros vai encarar dossiê feito por Odeni

O alvo desse dossiê é o ex-secretário estadual de Educação (Seduc) Antonio José Medeiros (PT). Segundo a denúncia de Odeni, a secretaria teria desviado as verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação para financiar os Cursinhos Populares. Estes recursos deveriam ter sido usados apenas para finaciar a educação básica e a folha de pagamento dos professores, e segundo João Correia, não há lei no Brasil que regulamente estes cursinhos populares, “são apenas coisas criadas pelo governo para tirar os recursos de onde não se deve”.

As informações são de que pelo menos R$ 200 milhões teriam sido usados indevidamente pela administração passada onde geriram a Seduc o professor Antônio José Medeiros e a professora Maria Xavier. “Estamos fazendo um levantamento e já procuramos até o Ministério Público para apurar esta situação. São dados reais! A administração precisa trabalhar melhor para administrar bem o dinheiro dos recursos para a educação”, diz João Correia. Para ele a contratação excessiva de professores substitutos também está dificultando que os educadores tenham a remuneração ajustada pelo governo do estado e pede: “Queremos um enxugamento da folha”.

Sobre os Cursinhos Populares, João diz que não vai aceitar que a situação continue como está. “Não há comprovação real de que o estudante tenha passado no vestibular porque fez os Cursinhos Populares. Queremos a ajuda do novo secretário, a situação é irregular e não dá para continuar”. Munidos de documentação e da página impressa do site do Banco do Brasil, Odeni e João dizem ter comprovações das denúncias que apresentam no dossiê. "Ele (Antonio José Medeiros) disse que falamos inverdades. Mas ele disse isso em entrevista na TV. Ele sabe que temos comprovar tudo e vamos mostrar. O Sinte é uma instituição séria e respeitada. Não agimos com inverdades", afirmou Odeni.

E O ATUAL SECRETÁRIO?
Eles dizem que o atual secretário, Átila Lira (PSB) já se reuniu com o movimento de protesto  e disse não concordar com qualquer irregularidade na Seduc. Odeni e João ressaltam que o atual secretário inclusive já retirou do repasse de recursos a instituição colocada pelo ex-secretário, que era o Instituto Civitas. "O secretário Átila Lira até nos recebeu, na sexta-feira, disse que tem toda a boa vontade do mundo de nos ajuda, de dar apoio, mas aí fica só na teoria. Não vamos deixar de nos manifestar. Não vamos recuar do nosso movimento de greve, ainda mais agora que chegamos a 98% de aceitação no Piauí inteiro". A crise na Edução do Piauí só aumenta. Além da greve que completa exatamente uma semana, as escolas, pelo menos boa parte delas, estão em situação precária, com teto desabando. "Sabemos que o governo já recebeu mais de R$ 73 milhões para a educação em 2011 e a lei prevê que 60% destes recursos devem ser destinado para financiar o reajuste salarial dos professores. A nossa revolta é grande".

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