Além dos temas mais conhecidos sobre hegemonia, intelectuais, partido, classe operaria e das questões sociais, culturais e políticas vinculadas à Itália e à Europa, Gramsci dedica parte considerável das suas reflexões aos “grupos sociais subalternos” e aos fermentos que ocorrem nas “periferias” do sistema. Neste texto, portanto, se procura analisar esse universo, não apenas para chamar a atenção sobre um assunto pouco considerado pelos estudiosos de Gramsci, mas principalmente para resgatar elementos de grande valor e originalidade que podem contribuir ao debate que hoje se trava em torno dos numerosos movimentos de insurgência nas periferias e do significado das prementes reivindicações que as manifestações dos “subalternos” levantam em diversas partes do mundo.
Notas
Germinal: Marxismo e Educação em Debate, local, v. 4, n. 1, p. 58-69, jun. 2012