As cidades vêm ganhando, nas últimas décadas, um protagonismo inegável tanto no que se
refere à vida cotidiana dos cidadãos — na recuperação do patrimônio, na promoção de
grandes transformações urbanísticas, criação de empregos, serviços básicos etc. — quanto no
que diz respeito às relações internacionais — atraindo investimentos, promovendo o turismo
e grandes eventos, participando ativamente de fóruns mundiais etc. A cidade assume
definitivamente centralidade na criação e dinamização de bens simbólicos e no bem-estar de
sua população. A partir deste quadro da cidade no interior do processo de globalização e de
um conjunto de exemplos que dizem respeito, sobretudo, às grandes urbes européias e
latino-americanas, o autor procura fazer uma análise da cidade contemporânea como um ator
político, que promove acordos e associações, assume responsabilidades diante da sociedade
e da União, representa, enfim um pólo central na articulação entre a sociedade civil, a
iniciativa privada e as diferentes instâncias do Estado.