Escrito por Marx em 1845 e publicado por Engels em 1888 como apêndice à sua obra "Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Alemã Clássica", o texto discute as limitações do materialismo, incluindo o de Feuerbach. Marx critica o materialismo por considerar a realidade apenas como objeto de contemplação e não como atividade sensível humana, o que levou o idealismo a desenvolver o lado ativo de forma abstrata. Feuerbach, segundo Marx, falha ao não reconhecer a atividade humana como objetiva e não compreende a prática revolucionária.
Marx argumenta que a verdade do pensamento humano deve ser comprovada na prática, e não apenas teoricamente. A mudança de circunstâncias e a educação devem ser vistas como atividades humanas práticas e revolucionárias. Ele critica Feuerbach por não entender que a essência humana é o conjunto das relações sociais e por abstrair o indivíduo da sociedade.
A vida social é prática, e todos os mistérios teóricos encontram solução na prática humana. O antigo materialismo via a sociedade como "civil", enquanto o novo materialismo a vê como "humanidade socializada". A transformação do mundo é o objetivo central, não apenas sua interpretação.