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Por Uma Poética Transdisciplinar que Integre Arte e Ciência pela via Intuitiva do Saber

O Protocolo de princípios

Produto e processo de complexas articulações

Durante o 1º Congresso Mundial de Transdisciplinaridade -

Convento de Arrábida, Portugal 2 - 7 de novembro de 1994 -

Aguça-nos reflexões abrangentes

Sobre aspectos identitários

De gênero, classe, etnia e crenças.

Penso nesta ponderação

Pois, aponta-me a importância

E ou urgência de se consolidar

Entre nações, países,

Organizações humanitárias internacionais,

Entidades de interesse público ou particular,

Profissionais das mais vastas áreas de conhecimento e atividades,

Ciências, Religiões, Filosofias e Culturas,

Um “Contrato Moral”,

Devidamente citado no referente Congresso Transdisciplinar

Que leve em conta,

Ou possua em suas bases matriciais,

Um eixo de valores

Trans, pluri, inter diversificado

Não se limitando ou sobrepondo

Aspectos fundamentalistas

Ou mesquinhos interesses políticos, econômicos e culturais!

Mas, antes que possa “re” unir

E ou incluir

Apontamentos formativos

Originados daquilo que intitulo como o “ethos” humano coletivo e individual.

Penso que tal “ethos”

Caracterizaria um “menu” dos princípios eminentemente afirmativos

Dos quais eu, você e cada um de nós

Constituíssemos redes ou “capas” de consciência que se plasmam

Ou se fluidificam sendo “re” alimentados pela constância

Efetização de ações conjuntas

E ou experiências que combinadas/coletivizadas,

Atingiriam segmentos humanamente destituídos

De direitos, saúde, atividades educacionais, saneamento básico,

Bem como exercícios de cidadania articulados aos modos de governabilidade

Que legitimassem a autogestão social

Como fenômeno de afloração e incorporação

Das culturas e formas de convivência local

Em sintonia com os códigos de necessidades globais.

 

Transpoetizar os Princípios do Convento de Arrábida

Propõe-nos radicalizar nossas ações -

Profissionais, familiares, círculos de amizade,

Projetos de atuação e planos de estudos -

Que não limite o humano

A um ser denegrido, fragmentado

Pelas estruturas “esquartejadoras” do pensamento formal!

Antes trata de vivermos a imersão

Em planos sutis de realidades contextualizadas,

Onde lá, encontramos

O estilo de ser do educando,

Suas maneiras de peculiares de aprender

E evidências particulares:

Modos específicos de acesso e produção,

De práticas e auto-educação

Não centradas em um poder regulador

Que tem sido legitimador

De governabilidades excludentes,

Mas, sim, um poder que nos resolve conflitos

Por ser fruição, passagem e travessia

Um ponto sustentável de mutação

Entre Ciência e Arte

Entre o “re” ligare e a Espiritualidade.

Da racionalizante abstração do conhecimento

Em efetiva “trans” contextualidade!

Isto pressupõe abertura

Para postular fenômenos “re” organizadores

Do que temos como valores e conceitos

Sejam científicos, religiosos, culturais e filosóficos.

O que vem sendo tomado como “verdade”

Nos diversos ramos de atividade

Agregar-se-á a fluídica instantaneidade

Presente na mutável, rítmica e versátil realidade,

Transfigurando o que tínhamos

Como parâmetro de “objetividade ou neutralidade científica”

E disponibilizando-nos os valores educativos

Das trajetórias e vivencias interculturais,

Das emotividades como formas elementares

Nas quais os educandos constroem e interferem

Com suas práxis existenciais

José Nildo de Souza

Poeta e professor nascido em Brasília.