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Fundação Educar

Fundação Educar

A Fundação Educar foi criada pelo Decreto n. 92.374, de 06/02/86, no início do Governo Sarney, designado como “Nova República”, em substituição do MOBRAL, extinto na mesma oportunidade. Seus objetivos eram:

a) apoiar instituições governamentais e não governamentais que desenvolvessem educação básica de jovens e adultos, por meio de cooperação técnica e/ou recursos financeiros e materiais, a fim de contribuir para a ampliação desse atendimento;

b) promover a realização de programas da 1ª fase da educação básica para a população de 15 ou mais anos que não teve acesso à escola, ou que dela foi excluída prematuramente, fomentando o desenvolvimento de projetos junto a instituições governamentais, com vista à absorção progressiva desse atendimento pelos sistemas estaduais e municipais; e apoiando instituições da sociedade civil que atendam aos objetivos do desenvolvimento da educação básica de jovens e adultos.

Definia-se como órgão de coordenação e não de execução e previa a descentralização regional de suas ações, atuando junto às secretarias e instituições, por meio de dois projetos: PEB – Educação Básica e PRONEI – Programa Nacional de Educação Integral (1ª a 4ª séries), para os quais foram produzidos materiais didáticos específicos.

A Fundação Educar realizou um importante projeto de alfabetização de jovens e adultos, por meio de parcerias com diversas entidades representativas dos movimentos populares da Baixada Fluminense (federações e associações de moradores, clubes de mães, comunidades eclesiais de base etc.). Abrangeu os municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São João de Meriti e durou de fevereiro de 1986 a março de 1990, período político de redemocratização do país e de fortalecimento e reconhecimento dos movimentos populares.

A Fundação Educar recebeu da UNESCO, em 1988, o Prêmio Nadeja Kroupshkaia pela experiência, considerada a melhor, entre as concorrentes, na área de educação de jovens e adultos com participação comunitária. Está bem-documentada, tanto pelo Subprojeto de Avaliação do Projeto de Educação Básica para a Baixada Fluminense, como pelas dissertações de Eliane Ribeiro Andrade, Nos limites do possível: uma experiência político-pedagógica na Baixada Fluminense, e de Adriana Oliveira Lima, Alfabetização de jovens e adultos e a reconstrução da escola, ambas defendidas no Instituto de Estudos Avançados em Educação da Fundação Getúlio Vargas.

Juntamente com outros órgãos federais, foi extinta em 1990, no início do Governo Collor. Pelo desmonte efetuado, não se conseguiu obter todos os documentos produzidos. O acervo em anexo indica as publicações que se sabe terem existido e o que foi digitalizado.

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Acervo