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Extraído do texto: Educar é descobrir – um estudo observacional exploratório. - ANGELIM, M.L.P.

Extraído do texto: ANGELIM, M.L.P. Educar é descobrir – um estudo observacional exploratório. Universidade de Brasília/Faculdade de Educação. Dissertação de mestrado. v.1.1988.pág.45-46

 

            No desempenho do Coordenador do Círculo de cultura estava previsto o papel de facilitador da organização grupal, no exercício das interações permanentes entre o individual e o coletivo, conduzindo à progressiva autonomia da aprendizagem grupal ao combinar papéis de animador, organizador e consultor. A Figura, que se segue, expressa a tendência de evolução das interações no Círculo de Cultura, destacando‑se os seis momentos do seu desenvolvimento e a posição do Coordenador. Ou seja, no primeiro momento o Coordenador assume, com maior ênfase, o papel de animador e, como tal, catalizador das interações, que se configuram como conjunto de díades. No segundo momento, o Coordenador já se posiciona como participante do grupo, estimulando interações entre os demais participantes, enfatizando o papel de organizador. Noterceiro momento, a intensificação. de interações configura subgrupos, tendo o Coordenador como referência destes. No quarto momento, o Coordenador, continuando seu papel de organizador, estimula interações entre os subgrupos, o que se intensifica bastante no quinto momento, quando o Coordenador, a partir de um subgrupo, interage com os demais. No sexto momento, o fortalecimento das interações entre todos os participantes do grupo (coesão grupal) conduz ao desaparecimento dos subgrupos e à autonomia da aprendizagem grupal, cabendo ao Coordenador com maior ênfase, o papel de consultor.