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FSM 2009: Assembléia de Comunicação Compartilhada

Recomendações do Seminário de Comunicação Compartilhada realizado durante o Fórum Mundial de Mídia Livre entre iniciativas colaborativas de comunicação do FSM e representantes de movimentos sociais preocupados com a democratização da comunicação

Que os projetos de comunicação existentes no universo do FSM participem do esforço para aprofundar a rede de comunicação compartilhada iniciada no FSM e o processo de intercambio entre todas as experiências, para gerar um movimento político global pela construção de novos conceitos e modelos não mercadológicos de comunicação

Que esses projetos de comunicação participem do esforço para construir ações midiáticas e de cobertura compartilhadas sempre que se tratar de lutas de interesse da transformação social.

Que o Conselho Internacional, através de sua Comissão de Comunicação, assuma para si o compromisso de apoiar a viabilização dessas experiências compartilhadas durante todas as atividades inseridas no processo do FSM.

Aproximar as experiências de comunicação do FSM da juventude, criando novos/as comunicadores/as e emponderando os jovens do conceito e da prática da comunicação compartilhada.

Lutar para que os movimentos sociais passem a reivindicar o direito à comunicação em todo mundo, provocando mudanças em políticas públicas, controle social dos meios existentes, e criação de estruturas democráticas a serviço dos povos e não das corporações que as controlam. No caso das rádios comunitárias, esta luta envolve a luta pelo acesso às freqüências radiofônicas.

Trabalhar pela internacionalização dos projetos de comunicação compartilhada no ciberespaço, apoiando a construção, aperfeiçoamento e utilização de plataformas livres para a disputa e aprofundamento de idéias e conceitos do FSM.

Barrar iniciativas de controle da internet, preservando as possibilidades democráticas existentes hoje no espaço virtual.

Reenfatizar a importância de se utilizar o software livre em todos os processos de comunicação do FSM e também no debate sobre a comunicação compartilhada.

No Brasil, reivindicar a construção de um backbone público, de um local público de armazenamento e troca de conteúdo.

Criar  articulações para desenvolver esforços internacionais de formação de jornalistas e comunicadores/as no seio das mobilizações e demandas por um outro mundo possível

Aproximar o debate da comunicação compartilhada com os debates sobre acesso e produção do conhecimento travadas no Fórum Mundial Ciência e Democracia.

Pelas Rádios comunitárias no Brasil:

- fim da repressão imediata contra as rádios comunitárias
- reabertura dos processos arquivados
- fim dos processos de criminalização dos ativistas das rádios comunitárias
- anistia ampla e irrestrita aos condenados
- expedição imediata de licenças provisórias para as rádios que estão com processo de legalização em tramitação
- abertura de editais para habilitação para novas rádios comunitárias
- desburocratização e agilização dos processo de legalização das rádios comunitárias
- apoio cultural, crédito e financiamento às rádios comunitárias
- devolução imediata dos equipamentos apreendidos pelas operações da Anatel e PF

Recomendações dos movimentos negro, de mulheres, indígenas, campesino aos projetos de comunicação compartilhada:

Combater a criminalização dos movimentos praticada pela grande mídia

Pautar temas cruciais para a construção de um mundo mais justo, como a soberania alimentar, democratizando o diálogo dos movimentos com a sociedade.

Lutar pelo controle social dos meios de comunicação em relação à imagem da mulher veiculada, apoiando a criação e participação das redes de comunicação formadas por ativistas feministas.

No Brasil, lutar por mudanças democráticas no marco regulatório e pela convocação da I Conferência Nacional de Comunicação.

Combater a visão exótica de incapacidade social dos povos indígenas e lutar pela manutenção da cultura tradicional e originária, mostrando que o índio de hoje caça e pesca, mas usa e tem direito a acessar e desenvolver tecnologias e iniciativas de comunicação para melhorar a vida dos povos.

Lutar contra a intolerância religiosa, contra o preconceito à cultura negra e contra a imagem dos negros e negras, sobretudo os jovens, veiculada pela mídia.

Lutar por outra visão dos jovens e dar voz ao movimento estudantil nos meios de comunicação em massa.

No Brasil

Fortalecer e unificar a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação (outubro)

Voltar para as ruas para ampliar a participação da população como um todo na luta pela democratização da comunicação

No mundo

Lutar para defender as liberdades da internet e a construção de alternativas aos serviços controlados de transmissão de dados

Na mobilização em solidariedade com a Palestina

Construir alternativas de comunicação compartilhada para difundir os direitos coletivos dos povos palestinos e  a campanha de apoio ao BDS